quinta-feira, 17 de julho de 2014

Divulgando Pós-Graduação em Educação Especial

Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em EDUCAÇÃO ESPECIAL: ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

1ª Edição – Câmpus Ijuí
Um dos graves problemas que afetam o sistema de ensino é a sua incapacidade para compreender a diversidade de fatores pessoais, cognitivos e sociais que estão implicados nas aprendizagens.
Diante dessa realidade, o Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Educação Especial: Atendimento Educacional Especializado visa capacitar profissionais da área da educação para atuar neste contexto, atendendo as diferentes especificidades na educação especial e promovendo uma compreensão do processo de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais nas classes comuns.
Para isso, o curso prepara o aluno para a escola inclusiva e para a reflexão sobre a problematização e a construção do conhecimento sobre as diferenças no contexto da aprendizagem nas especificidades da deficiência, transtornos globais do desenvolvimento visando capacitar profissionais para trabalhar no atendimento educacional especializado.
PÚBLICO ALVO
Profissionais das áreas de pedagogia, psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, educação física, serviço social, terapia ocupacional, demais licenciaturas e áreas afins.
PREVISÃO PARA INÍCIO DO CURSO
- Setembro de 2014 (Câmpus Ijuí)
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA
- Cópia da Certidão de nascimento ou casamento;
- Cópia do CPF e da Identidade;
- Cópia autenticada do Diploma de Graduação, caso não seja da Unijuí;
- Cópia do Histórico Escolar de Graduação;
- Curriculum Vitae resumido.
* Egressos da Unijuí devem entregar somente os documentos que foram alterados do período em que eram alunos.
No caso da opção por pagamento parcelado, incluir documentos do fiador (cópia do CPF, da Identidade e comprovante de renda e de residência).
AULAS
As disciplinas serão ofertadas nos meses letivos, em finais de semana alternados, com aulas nas sextas-feiras, das 18 às 22 horas; e nos sábados, das 9 às 13 horas, e das 14 às 18 horas.
O curso terá um percentual de até 20%, destinado para atividades não presenciais, desenvolvidas pelo ambiente Conecta, conforme disposto no cronograma do curso.
INVESTIMENTO
Valor à vista: R$ 7.215,00
Parcelamento: a partir de R$ 259,05 mensais.
*Egressos formados pela Unijuí, possuem 15% de desconto.
ESTRUTURA CURRICULAR
· Fundamentos Básicos e Políticas Públicas da Educação Inclusiva – 20h
· Aprendizagem e as Necessidades Educacionais Especiais – 20h
· Corpo(s) e as diferenças: Problematizando Discursos e Representações – 20h
· Atendimento Educacional Especializado – Sala de Recursos Multifuncional – 20h
· Processos Educativos das Pessoas com Transtornos Globais do Desenvolvimento – 40h
· Processos Educativos das Pessoas com Surdez – 40h
· Processos Educativos da Pessoa com Cegueira, Baixa Visão e Surdocegueira – 40h
· Processos Educativos da Pessoa com Deficiência Intelectual – 40h
· Transtornos Funcionais Específicos – 40h
· Projetos Educacionais na Inclusão – 30h
· Diagnóstico e Avaliação da Aprendizagem de PNEE – 30h
· Seminários Temáticos – 24h
· Trabalho de Conclusão de Curso – 30h
CARGA HORÁRIA TOTAL: 390h
CORPO DOCENTE*
Coordenação: Marta Estela Borgmann (Mestra) e Daniela Medeiros (Mestra)
· Alex Garcia (Especialista)
· César Augusto Nunes Bridi Filho (Doutor)
· Daniela Medeiros (Mestra)
· Daniele Noal Gai (Mestra)
· Dulcilene Alves de Melo (Mestra)
· Fabiana Bridi (Doutora)
· Iara Caierão (Doutora)
· Jane Teresinha Donini Rodrigues (Mestra)
· Marcia Lise Lunardi Lazzarin (Doutora)
· Maria Simone Vione Schwengber (Doutora)
· Marizete Almeida Müller (Especialista)
· Marta Estela Borgmann (Mestra)
· Patrícia Gräff (Mestra)
· Sonia Aparecida da Costa Fengler (Mestra)
· Valquirea Martins Monteblanco (Especialista)
MATRÍCULAS E INFORMAÇÕES
· Câmpus Unijuí (Ijuí, Panambi, Santa Rosa e Três Passos);
· Pelo link: http://www.unijui.edu.br/educacao-continuada/pos-graduacao-lato-sensu/educaco-especial-atendimento-educacional-especializado-iju-58
· Unidade de Educação Continuada, Fone: 55 3332.0553.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Estimulação precoce de uma criança cega

Segue link de um vídeo onde a mãe estimula o filho sego a aprender a reconhecer o espaço onde mora.
Indo na casa da vovó! Miguel. - YouTube
Assistindo o vídeo fiquei angustiada, mas ao mesmo tempo sei que Miguel está recebendo a estimulação correta para seu desenvolvimento pessoal.

Estimulação precoce de uma criança cega

O vídeo a seguir demonstra a estimulação precoce da mãe com seu filho cego.
Indo na casa da vovó! Miguel. - YouTube Ao assistir esse vídeo fiquei angustiada, mas ao mesmo tempo sei que Miguel está recebendo a estimulação correta e importante para seu desenvolvimento pessoal.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Carta de uma Professora Apaixonada sobre as Barreiras Atitudinais Perante seu Namorado Cego

Ao Presidente:

CARO SR.,
Sou uma mulher com visão normal, tenho 25 anos de idade e estou namorando um homem cego, de 23 anos. O nome dele é Mathews Souza.
"Quando comecei a fazer parte deste Grupo de pessoas com deficiência, eu o fiz porque queria entender melhor as preocupações e problemas que o MATHEWS tinha. Eu sabia que havia problemas e discriminações, mas jamais pensei que eram tão gritantes até recentemente.
Ambos temos educação superior e possuímos empregos muito bons. MATHEWS trabalha para a Previdência e eu ensino crianças cegas.
Minha filosofia, em termos de ensino, é que elas são simplesmente crianças e precisam das mesmas coisas que todas as crianças precisam. Acredito que a fim de lhes ensinar, tenho que olhar para elas primeiro como crianças e só depois como alunos que precisam de treinamento específico em certas áreas. Se eu não posso fazer isso, a única coisa que eu lhes vou ensinar é como serem deficientes e cegas.
Por causa do meu emprego, comecei a entender por que Mathews ficava tão bravo com certas attitudes de algumas pessoas.
Eu, da mesma forma, fico brava com as pessoas (quando elas olham para os meus alunos) meneiam a cabeça e dizem "coitadinho do pobrezinho"e complementam: Mas eles são tão felizes"como se a única coisa que eles fossem capazes de fazer é serem agradáveis.
Meus alunos são felizes, é claro. E são também inteligentes, doces, mal humorados, mesquinhos, irritados, etc. São tudo o que as crianças são. Eles recebem disciplina quando precisam e elogios quando merecem. Eu não lhes fico dizendo o tempo todo que são maravilhosos e corajosos. Eles são elogiados por suas realizações e por tentarem também.
Sempre digo para os meus alunos que jamais lhes vou pedir que façam qualquer coisa que eu ache que eles não podem fazer.
Eu simplesmente espero que eles consigam e eles esperam conseguir também.Acho que esta é a única maneira que uma criança cega pode crescer para ser um adulto digno. Não quero que meus alunos pensem que cada pequena realização é uma coisa grandiosa demais. Todos os meus alunos estão orgulhosos de suas realizações e eles devem estar - eles deram duro para isso; mas acho que é um insulto para a criança ficarmos insistindo em quão maravilhosa ela é. Para mim isso implica que você pensa que, para início de conversa, a criança é estúpida e você nunca teve fé bastante nela para pensar que ela poderia fazer o que fez.
Estou aprendendo Braille agora e MATHEWS está me ajudando. Ele me elogia e encoraja, mas ele não age como se eu tivesse feito algo fora do comum. Para mim isto é muito mais do que um elogio. Sinto como se ele soubesse que eu pudesse fazê-lo.
Se ele fizesse um estardalhaço disso, eu pensaria que ele acha que sou de certa forma uma incapaz e que aprender Braille é realmente um grande feito para uma imbecil como eu.
"Tenho raiva dos pais que mimam os seus filhos e nunca permitem que eles façam algo, ou que não os levam a fazer algo.
Todas as crianças caem, caem de balanços, batem a cabeça, etc, e as crianças que eu ensino têm o direito de caírem também. Sei que é difícil para algumas dessas crianças fazerem certas coisas, mas elas têm que tentar. Quando você tem crianças "mimadas" na sala de aula elas são quase impossíveis de serem ensinadas. Isso porque, os adultos fizeram com que elas pensem que elas não têm que fazer nada, e elas vão crescer e tornarem-se adultos que pensam que o mundo lhes deve um favor.
Um outro grupo de pais de que detesto são aqueles que têm vergonha de seus filhos. As crianças nessa condição também são difíceis de serem ensinadas.
"Mas neste final de semana eu vi discriminação e crueldade como nunca, e pela primeira vez entendi completamente o quão importante é a união das pessoas com deficiência na luta contra as barreiras atitudinais.
Em minha experiência, eu tenho tido contato com a reação de pena que algumas pessoas apresentam em relação às crianças com deficiência, barreira atitudinal de pena ou dó: "coitadinha da pobrezinha. Deve ser horrível passar a vida assim';
com a barreira atitudinal de exaltação do herói (síndrome do corajoso e maravilhoso )- tudo o que a criança faz está, de certa forma, além do campo das expectativas de um ser humano: "Minha nossa, como você é inteligente!"A criança é sempre descrita como sendo "especial e corajosa'; barreira atitudinal de inferioridade ninguém espera que ela seja capaz de fazer qualquer coisa, e quando faz, o elogio é grosseiramente desproporcional. Barreira atitudinal de Rejeição: a criança é ignorada ou evitada.
"No último final de semana, meu namorado e eu experienciamos uma mistura de todas essas barreiras:
Sexta à noite, MATHEWS e eu recebemos algumas pessoas para jantar. Eu estava na cozinha fazendo feijão cozido e ovos deviled. Meu namorado entrou e perguntou se havia algo que ele poderia fazer. Então, pedi que fatiasse os tomates. (Eu não tinha a intenção de fazer disso um "show". Eu só queria ver os benditos tomates cortados.)
Nesse momento, um dos convidados entrou na cozinha e disse: "Mas, ele pode cortar os dedos.ao que MATHEWS lhe redarguiu que já havia cortado tomates antes e tinha certeza que o podia fazer novamente. Ele o fez e logo tinha um prato bonito cheio de tomates cortados. O homem, que o tinha ficado observando, então, pegou-o pelo braço com uma mão e , com o prato com os tomates na outra mão levou-o para mostrar a todos os demais o que MATHEWS tinha feito. (Uma criança de um ano de idade que acabara de aprender a andar de bicicleta não teria ganho tantos elogios.)
Meu namorado ignorou o fato e foi acender o carvão. O mesmo homem de antes me perguntou: "Você vai deixá-lo fazer isso? "Eu encolhi os ombros e disse: "Por que não?
O homem deu um salto e correu atrás de MATHEWS . Quando o homem voltou, tudo que ele falava era o quão notável MATHEWS era, quão notável era o que MATHEWS era capaz de fazer etc. "Depois de todo o falatório começamos a comer.
Daí começou a chover. Meu namorado se levantou e me perguntou: "As janelas do carro estão abertas?"disse-lhe que sim, então MATHEWS correu para fora para levantá-las - sem levar sua bengala. E o mesmo homem de antes então indagou?"O MATHEWS não precisa disso aqui?"Eu, então respondi: "Não. Não se preocupe tanto com ele. Ele está bem" Meu namorado voltou e começamos a comer novamente. MATHEWS queria mais feijão, então foi para o fogão e pegou mais. O comentário do homem foi "Isto é simplesmente maravilhoso."Ora, pergunto eu: O que há de tão maravilhoso em uma pessoa cega pegar feijão sozinha? Meu namorado me disse mais tarde (depois que os convidados foram embora) que se sentia como se estivesse curvando depois de cada coisa que aquele homem dizia. Eu não acho que meu namorado fez nada fora do comum, e nem ele achava.
A noite toda ele se sentiu como se estivesse "fazendo parte de um show", e eu sentia um forte desejo de me levantar e gritar: "MATHEWS não é um idiota , e não é um bebê. Ele não está fazendo nada de extraordinário, então calem a boca!
Mas, isso não foi só. Mais tarde naquela noite meu namorado e eu fomos à emergência do hospital. Ele tinha esbarrado em alguma erva venenosa, e ela lhe irritara os olhos.
A enfermeira de plantão era péssima. Ela não achava que MATHEWS era notável - Pelo contrário, achava que MATHEWS era cego, surdo, mudo, estúpido, e incapaz de fazer qualquer coisa.
A enfermeira me perguntou, "Qual é o nome dele? Onde ele mora? Os olhos dele coçam?"Eu me senti ofendida com tal comportamento da enfermeira e disse, "Eu acho que ele pode responder a todas essas perguntas sozinho. Meu namorado calmamente disse à enfermeira o que ela queria saber, mas notei que ele estava furioso com toda aquela situação.
"Quando MATHEWS entrou para ser atendido, um senhor veio a mim e disse, "Você é tão maravilhosa em ser bondosa com aquele pobre jovem. "Então, tentei explicar que eu me sentia com sorte de ter um homem como MATHEWS . (E sou. Ele é a melhor coisa que jamais aconteceu comigo. Quando nós estamos juntos, eu me sinto feliz, segura e protegida. Eu o amo.) Depois que terminei de tentar explicar ao senhor o nosso relacionamento, ele disse, "Você quer dizer que você está saindo com ele? Ele é cego. "Então eu disse algo que eu não deveria ter dito. "Sim, ele é cego, mas ele é mais homem do que você jamais será."Meu namorado saiu do consultório, e fomos embora.
"Sábado à tarde, mais alguns amigos vieram nos visitar, e todos fomos andar de patins. Foi muito bom e nos divertimos todos juntos.
Quando chegamos de volta ao apartamento de meu namorado, uma de minhas amigas falou: "Você é realmente legal com o MATHEWS Ele precisa de alguém como você."Eu disse para ela que eu também precisava dele. Então ela me perguntou se quando nós estamos sós Mathews era capaz de fazer todas as coisas que outros homens fazem. Você pode imaginar o meu espanto com tal pergunta. Eu garanti a ela que ele certamente fazia e não deixava nada a desejar.
"Domingo, eu estava tão sobrecarregada com tudo o que acontecera que não conseguia sequer pensar. Meu namorado sabia que algo estava errado. Eu lhe disse que estava ok. Ele tinha algumas latas que precisavam ser rotuladas, então eu comecei a fazer isso na máquina Braille dele. Eu estava colocando um rótulo numa lata de suco de abacaxi e escrevi suco errado.
MATHEWS comentou que jamais tinha visto suco escrito daquele jeito. Então eu chorei. Daí, Ele ficou visivelmente sentido pelo fato de eu ter chorado e disse: "Eu vou lhe perguntar uma vez o que está errado, e se você não quiser me dizer, tudo bem, mas eu gostaria de poder lhe ajudar com o que está acontecendo."Então eu lhe disse que não achava justo que ele tivesse que passar por aquelas situações, e que o amava demais para o ver aguentar a todas aquelas formas de discriminação e preconceito.
MATHEWS é um homem doce, amável, compassivo, inteligente, sexy, e desejável; e eu o amo por tudo isso. Então, me machuca ver tantas pessoas tratá-lo como algum tipo de incapaz. Ele tem uma auto-imagem muito boa e não quero que isso mude. Ele disse, "Querida, tenha calma. Você vai se acostumar com isso."Não, eu não vou. Eu não vou me acostumar a vê-lo sendo insultado.
"Eu simplesmente não posso entender que diferença faz se ele enxerga ou não!
Uma de nossas amigas recentemente me disse, "Você realmente é uma pessoa excepcional para poder aceitar o Mathews."Eu disse a ela que, de fato, não era, e que eu simplesmente não pensava sobre isso. Ela disse: "Oh, deve ser duro esquecer uma coisa dessa." Disse-lhe que eu não tentava esquecer nada; que simplesmente não pensava sobre isso - da mesma forma que uma pessoa não pensa sobre o fato de que alguém tem cabelos castanhos. Realmente faz pouca diferença de que cor o cabelo de alguém é, a mesma coisa com relação a Mathews.
Eu sei que ele não pode enxergar, e eu não tento esquecer isso. Entretanto, eu realmente não fico pensando no fato de ele ser cego ou em sua cegueira. Mas, minha amiga não conseguia entender isso. Ela disse: "mas é tão óbvio." Daí, Eu lhe disse que ela parava de olhar quando viu os óculos que ele usava- e que ela não era capaz de ver o homem por de trás deles. Por fim, disse-lhe que ela era "mais limitada"do que Mathews. Lá se foi uma amiga.
"O que mata mesmo é quando as pessoas ficam sabendo que sou uma professora de educação especial..., Imagino que não preciso dizer o que elas dizem então.
"Nesse dia, Mathews ficou comigo metade da noite. Ele falou comigo e me ouviu chorar.
Sr. Presidente, entenda que não estava chorando porque eu estou amando um " homem cego", mas porque eu amo meu namorado, e me machuca quando as pessoas agem com tamanha discriminação e preconceito frente à deficiência dele.
"Sinceramente,"
A professora Apaixonada