quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Maternidade

As pessoas ditas "normais" tem uma péssima mania de pensar que porque somos cegos nossos filhos também serão cegos.
E se nossos filhos forem cegos qual é o problema?
O problema é que as pessoas ditas "normais" consideram ter uma deficiência um fardo ou um castigo de Deus.
Desconsiderando que essa pessoa é um filho de Deus e como tal é desprestigiada e desmerecida, por isso que a efetiva inclusão social é tão difícil de ser encarada com naturalidade pela sociedade.
Fico indignada com a falta de respeito de algumas pessoas conosco, mulheres/mães cegas, pois ficam questionando como faremos isto ou aquilo, quando na verdade todos sabemos que nenhuma mulher nasceu sabendo ser mãe.
Quando falamos que é preconceito tais atitudes, certas pessoas logo se defendem dizendo que é desinformação e preocupação.
Todos sabem que no mundo há tantas mães desnaturadas que não cuidam, nem amam seus filhos, mesmo assim, nós mulheres cegas que nos planejamos e preparamos para tamanho desafios somos frequentemente questionadas a respeito da criação de nosso filho.
Acredito, que as pessoas devem confiar mais nas capacidades das mães cegas, visto muitas darem o exemplo de boa criação de seus filhos, mostrando que com amor e dedicação cuidar de um filho é possível.
A sociedade deve se preocupar mais com mulheres/mães desnaturadas que até matam seus filhos e encarar as mulheres com deficiência como uma pessoa igual as demais mães amorosas e cheias de carinho e atenção para dar!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Ministério Público do Trabalho de Maceió foca na acessibilidade e cria revista digital interativa para público de baixa visão

Formato da revista, produzida com o uso de tecnologias assistivas, permite que usuários ouçam o conteúdo escrito das reportagens; material está disponível gratuitamente para computadores, tablets e smartphones Maceió/AL - Com o objetivo de aproximar cada vez mais pessoas das ações voltadas para a defesa e proteção do trabalhador, o Ministério Público do Trabalho (MPT) em Alagoas apresenta seu novo produto de comunicação, criado com foco na acessibilidade: a Revista Digital Interativa do MPT. O material, produzido com o uso de tecnologias assistivas, permite que pessoas de baixa visão ou que possuem alguma deficiência cognitiva ouçam a descrição de reportagens relacionadas à atuação do MPT.

O projeto foi desenvolvido pelo Analista de Tecnologia da Informação do MPT/AL, Luciano Assis, que fundamentou o trabalho através do conceito de Audiodescrição, um instrumento de acessibilidade que consiste na transcrição clara e objetiva de informações compreendidas visualmente. Na prática, para escutar as reportagens da revista, o leitor deverá clicar apenas em um botão de play, disponível em cada página, para ouvir o áudio das matérias. Em uma das páginas, intitulada "MPT na Mídia", o usuário também poderá assistir a reportagens da imprensa que destacaram a atuação do MPT.

"A princípio, a criação da revista digital foi pensada para reduzir os custos na impressão de revistas em papel, mas percebi a necessidade de aperfeiçoar o conteúdo e torná-lo diferente das demais publicações. E como o MPT possui uma coordenadoria que tem como foco de atuação a inclusão nos ambientes de trabalho das pessoas com deficiência, a Coordigualdade, pensei em fazer algo que pudesse ser aproveitado com facilidade por esse público", explicou.

A Revista Digital do MPT está disponível nas versões Digital (apenas leitura), Digital Interativa Assistiva (transcrição de áudios das reportagens) e Digital Interativa Assistiva Completa (transcrição de áudio das reportagens e descrição auditiva das imagens). Os arquivos estão disponíveis gratuitamente para download nas versões Epub (necessário software leitor de Epub 3.0) e PDF Interativo (necessário leitor de PDF) e podem ser visualizados em computadores, tablets e smartphones.

Para fazer o download, basta acessar o site http://www.prt19.mpt.mp.br/informe-se/revista-digital

Igualdade de oportunidades

O Censo Demográfico de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que mais de 45,6 milhões de brasileiros declararam ter algum tipo de deficiência. De acordo com o estudo, cerca de 35,7 milhões disseram ter deficiência visual e, desse número, 18,8% dos entrevistados afirmaram ter dificuldade para enxergar, mesmo com óculos ou lentes de contato.
A Procuradora-Chefe do Ministério Público do Trabalho em Alagoas, Virgínia Ferreira, apoia a iniciativa e ressalta que a criação da revista interativa foi um passo conquistado em favor da divulgação da proteção ao trabalhador, da atuação institucional e da garantia de acessibilidade plena.

Fonte: MPT Alagoas