sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Frase do dia

Enquanto eu for capaz de sentir alegria, de fazer rir a mim e aos outros e de irradiar uma sincera preocupação pelos meus semelhantes, serei sempre um imã de amor.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Banrisul trabalha pela construção da acessibilidade e sustentabilidade

Nesta quarta-feira (03), foi o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Dentro do objetivo de caminhar em direção à sustentabilidade, o Banrisul tem se engajado em prol da acessibilidade e sua conscientização. Ações têm sido desenvolvidas tanto em âmbito externo - atividades na comunidade dirigidas pelo Grupo Estratégico de Gestão Socioambiental - e também em âmbito interno - parceria com várias Unidades por meio de vivências e palestras junto aos funcionários.

Desde 2013, o Banrisul, por meio do Grupo Estratégico de Gestão Socioambiental, participa da Semana Estadual de Pessoa com Deficiência no Rio Grande do Sul, que ocorre em agosto. Neste ano, o Banco promoveu atividades trazendo a perspectiva da Acessibilidade: Dimensão Humana da Sustentabilidade, e também lançou a cartilha Acessibilidade: um guia de convivência e o curso de Educação a Distância sobre o tema, destinado aos empregados do Banrisul.

Funcionários com Deficiência - O Banrisul possui cerca de 50 colaboradores com deficiência. Todos eles têm o apoio do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho do Banrisul (SESMT) para orientação e atendimento de necessidades de adequação do posto de trabalho. O Banco também possui o Projeto Linguagem Brasileira de Sinais para disseminar a cultura da pessoa surda na instituição. O objetivo da ação é alcançar a meta de dois colaboradores capacitados em Libras por agência.

CPB Acessibilidade - Para fomentar em âmbito comercial a acessibilidade, o Banrisul também possui a modalidade de Crédito Pessoal Banrisul (CPB) para aquisição de bens e serviços para melhorar o cotidiano das pessoas com deficiência. Essa linha de crédito chama-se CPB Acessibilidade.

Dia Internacional das Pessoas com Deficiência – A data foi instituída pela ONU, em 1998, e é comemorado no dia 3 de dezembro. A data tem o objetivo de aumentar o entendimento sobre a questão e promover a dignidade, os direitos e o bem estar das pessoas com deficiência.

Fonte: Assessoria de Imprensa e Gestão Socioambiental do Banrisul

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Livros acessíveis para cegos

Câmara lança novas edições de audiolivros no dia da acessibilidade

Com a proposta de tornar seus produtos cada vez mais acessíveis a pessoas com deficiência, a Edições Câmara lançou, nesta terça-feira (02/12), novos títulos em audiolivro. Nessa data, a Câmara promoveu o Dia da Acessibilidade, com uma série de atividades para marcar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.

Os audiolivros ganharam novo projeto, agora com voz sintética, permitindo produzir mais títulos em menos tempo, além de facilitar a atualização das legislações e demais obras. A Edições Câmara buscou uma solução econômica para a instituição, utilizando uma voz e um sintetizador sem custo para a Câmara.
A ideia, explica a diretora da Edições Câmara, Heloísa Antunes, é que os audiolivros façam parte da linha de produção da editora. "A partir de agora, o público de pessoas com deficiência visual terá um acesso ampliado aos nossos títulos, já que os recursos para a produção de um audiolivro são inferiores aos de tipos ampliados e braile", destaca Heloísa.
A partir do dia 2 os audiolivros estarão disponíveis para download gratuito em formato "mp3" na página da Edições Câmara. Serão lançados a Constituição Federal, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Estatuto da Juventude e a Legislação sobre Licitações e Contratos Administrativos.

Serviço
Lançamento de novos audiolivros da Edições Câmara
Data: terça-feira (02/12) Horário: 15 horas
Local: Espaço do Servidor Anexo II da Câmara dos Deputados
Fonte: Agência Câmara de Notícias

sábado, 29 de novembro de 2014

Com apoio da ANFIP, INSS lança cartilha sobre acessibilidade

O vice-presidente de Assuntos Fiscais, Vanderley José Maçaneiro, e a diretora Administrativa da Fundação ANFIP de Estudos da Seguridade Social, Neiva Renck, participaram no dia 26 do lançamento da cartilha "Movendo-se pelo INSS", que integra o projeto "Acessibilidade para os servidores com deficiência no INSS".

O objetivo do projeto é tornar os ambientes e processos de trabalho acessíveis a todos os servidores, a fim de contribuir com a saúde e qualidade de vida no trabalho, assim como garantir a plena participação das pessoas com deficiência na vida social.

Maçaneiro destacou o trabalho de vanguarda do INSS, que está sempre à frente em suas ações, tanto em seu comportamento interno quanto nas políticas públicas que desenvolve. "Quando se faz o enfrentamento e a busca de soluções, as políticas têm resultado. O INSS é patrimônio nacional e comprova diariamente que, com trabalho sério, as coisas dão certo", afirmou.

Fonte: ANFIP

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Microsoft cria fone de ouvido que ajuda pessoas com deficiência visual

A Microsoft, em parceria com a instituição de caridade Guide Dogs, anunciou a criação de um headset inteligente com o objetivo de ajudar pessoas com algum tipo de deficiência visual. De acordo com a BBC, o dispositivo, uma vez conectado a um smartphone com GPS, informa ao usuário cego ou de visão reduzida informações em forma de sons sobre a rua por onde ele esteja passando.

Segundo a empresa, o fone de ouvido foi projetado para rodar com o Windows Phone. Funciona assim: primeiro, o usuário tem a cabeça escaneada com o acessório Kinect para determinar a posição dos canais auditivos, já que o áudio do aparelho é produzido por meio de condução óssea através de dois sensores posicionados perto dos ouvidos.

Cada headset é feito sob medida em uma impressora 3D, o que possibilita o encaixe perfeito no paciente. O gadget é conectado ao celular via Bluetooth, que por sua vez é pareado com outros sinalizadores instalados em lojas, metrôs, sinais, prédios e outros elementos de grandes metrópoles. Tudo isso é captado pelos fones de ouvido, que então avisam o dono do aparelho sobre a proximidade de caixas eletrônicos, elevadores, estações de trem e outras localidades que podem ser úteis ao deficiente.

Estudos prévios do experimento são bastante animadores. Os usuários tiveram ganho na autoestima e redução na ansiedade stress, ficando mais confiantes em se locomover para outras áreas da cidade. "Nós queremos viver como pessoas normais. Não queremos nos planejar com antecedência para conseguir transporte público, um táxi ou algo assim. Queremos ser capazes para simplesmente pular em um ônibus, ir a algum lugar e ter essa liberdade", comentou Kirstie Grice, uma das usuárias que está testando a tecnologia.

Por enquanto, o produto está disponível apenas no Reino Unido, onde cerca de 180 mil pessoas não saem de casa devido aos problemas visuais, segundo dados da Guide Dogs.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Filme: A culpa é das estrelas

Ouvi o filme: A culpa é das estrelas e fiquei refletindo sobre o mesmo em meu contexto de vida.
O filme trata de jovens que sofrem do câncer e lutam para vencê-lo.
Há 4 anos venci essa batalha, mas perdi um mês da minha vida com medo do pior.
Sinto muito pelas pessoas que vivenciam esta triste realidade.
Agradeço a Deus por ter vencido essa dificuldade.
Hoje encaro essa situação de forma diferente, pois aprendi que Deus está comigo em todos os momentos, jamais nos abandona, apenas precisamos confiar em sua presença.
Nasci para ser vencedora e por isso não tenho medo de viver e ser feliz.
Agradeço a Deus pela família abençoada que ganhei e ao marido maravilhoso que conquistei ao longo de minha caminhada terrena.
Agradeço a Deus pela coragem de lutar e a força para superar os desafios impostos pela vida!
Obrigado senhor por esta maravilhosa presença em minha vida.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Dia lindo!

Hoje acordei com um dia lindo, presente de Deus.
O sol brilha no céu e aquece o coração.
Não posso vê-lo, mas posso sentí-lo.
O sol dá energia, tráz alegria.
Aquece nosso semblante, anima nosso dia.
Fonte de vitamina, fonte de bem estar.
O humor melhora, dando mais vontade de viver.
Sorria e curta este dia com gratidão a Deus por fazer o sol brilhar!

domingo, 19 de outubro de 2014

6 anos morando em POA

Hoje completo 6 anos morando em POA.
Vir para POA foi uma decisão difícil, mas a melhor escolha de minha vida.
Agradeço a meus pais por terem apoiado essa decisão.
Agradeço a Deus por ter nos agraciado com uma oportunidade tão maravilhosa, uma possibilidade de crescimento pessoal e profissional sem fim.
Conquistei a liberdade através da bengala, a qual me deu asas para voar.
Cada dia vivendo aqui aprendi mais e mais a ser independente, crescendo como pessoa.
Desenvolvi habilidades até então desconhecidas e venci muitos medos do mundo longe dos pais.
Conheci pessoas inesquecíveis, que me deram a mão quando precisei.
Aprendi que durante as dificuldades bengaleando na rua Deus sempre coloca um anjo para nos ajudar.
Perdi o medo das pessoas estranhas que encontro na rua, pois percebi que sou guiada por Deus e sendo assim, não preciso ter insegurança.
Descobri que há oportunidades para todos, apenas precisamos buscá-las estejam onde estiverem.
No entanto, para conquistá-las precisamos sonhar, mas sonhar muito e jamais desistir, pois o sonho pode ser realidade!
A melhor dica que posso te dar é: nunca desista de teus sonhos!

sábado, 18 de outubro de 2014

Capacitação para as PCD em POA

O Instituto de Pesquisas Eldorado em parceria com a HP Brasil oferecerá um programa gratuito de capacitação para pessoas com deficiência em Porto Alegre.

O Oficina do Futuro PcD é uma iniciativa do Instituto de Pesquisas Eldorado (Porto Alegre/RS), que qualifica gratuitamente pessoas com deficiência (PcD), melhorando suas chances de inserção no mercado de trabalho.

Nessa parceria, o projeto Oficina do Futuro PcD está com inscrições abertas para uma nova turma com o intuito de formar Analistas de Testes de Software. Confira os detalhes abaixo!

MÓDULOS DA CAPACITAÇÃO:
- Informática básica (nivelamento)
- SCRUM (metodologia ágil para execução de projetos)
- Introdução à qualidade de software
- Engenharia de testes – teoria & prática
- Ferramentas para uso geral em testes
- Atividades práticas de testes de software

REQUISITOS:
Público: pessoas com deficiência
Os alunos devem, obrigatoriamente, possuir acima de 18 anos e ensino médio completo. Além disso, é desejável que tenham familiaridade com Tecnologia da Informação (TI), que estejam cursando o Ensino Superior e que tenham disponibilidade e interesse em atuar na área de TI. Para aqueles que já atuam profissionalmente na área, será uma ótima oportunidade de crescimento na carreira.

INFORMAÇÕES GERAIS:
- Local do curso: Instituto de Pesquisas Eldorado em Porto Alegre (RS), dentro do Tecnopuc
- Período: de 17/Novembro/2014 até Março/2015
- Horário das aulas: das 19h00 às 22h00, de segunda a quinta-feira
- Será oferecido auxílio-capacitação de R$ 300,00 durante os meses do curso
- Os melhores alunos serão convidados a realizarem o módulo avançado de programação e automação de testes, com duração de 4 meses, após esta primeira fase

INSCRIÇÕES:
- Inscreva-se no site www.oficinadofuturopcd.com.br

- Os alunos inscritos serão contatados por telefone e/ou e-mail.

Não perca esta oportunidade!
Para mais informações, entre em contato pelo e-mail oficinapcd@eldorado.org.br.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Guia de Saúde em Braille

Na segunda-feira, dia 13 de outubro, no Espaço da Inclusão da 32ª Feira Regional do Livro, foi lançado o Guia de Serviços da Saúde em Braille. A iniciativa é inédita em todo o País, colocando Novo Hamburgo como a primeira cidade a implantar o serviço. O guia, elaborado pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde (SMS), com o apoio da Associação dos Deficientes Visuais de Novo Hamburgo (ADEVIS), tem como objetivo proporcionar maior praticidade para que as pessoas cegas e conhecedoras do sistema Braille possam encontrar facilmente todos os serviços de saúde ofertados pelo SUS. “Queremos facilitar o acesso e promover a inclusão, qualificando o poder público para que atenda cada vez melhor esta parcela da população”, disse a coordenadora do Setor de Acessibilidade da SMS, Cler Oliveira.

Durante o evento, o titular da Coordenadoria de Políticas Públicas para as pessoas com Deficiência (CPPD), Darwin Kremer, afirmou que esta é mais uma proposta para garantir a autonomia para os deficientes visuais. “Estamos contribuindo para melhorar a vida dessas pessoas”, comentou. O evento também contou com a presença do secretário Municipal de Saúde, Luís Carlos Bolzan, de servidores da SMS e de entidades parceiras. Para marcar o lançamento oficial da cartilha, Bolzan entregou para o presidente da ADEVIS e do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência, Ricardo Seewald, um exemplar do material.

Segundo a entidade, a cartilha é um passo importante para futuras melhorias. “Existe a demanda e público para a utilização de materiais em braille. É necessário se ter este pensamento voltado para os materiais informativos do poder público, mas também, cultural. Toda publicação precisa de uma cota prevista para a acessibilidade”, disse Seewald.

Informações

O guia conta com as seguintes informações: endereços, telefones e e-mails de serviços de saúde como Unidades Básicas de Saúde e Saúde da Família, Hospitais (públicos e particulares), Unidades de Pronto Atendimento, Centros de Atendimento Psicossocial, Vigilância em Saúde, Centro de Imagens, Laboratório, SAE, Centro de Especialidades Médicas, Amigos do Bebê, Nutrir, Farmácias, Conselho de Saúde, Coordenadorias, Conselho de Pessoa com Deficiência e Saúde, Associação dos Deficientes Visuais de Novo Hamburgo (Adevis), Área de Acessibilidade, Ouvidoria e Administrativo da Secretaria Municipal de Saúde, além de informações de como fazer o Cartão SUS.

Para solicitar o Guia em Braille, o contribuinte pode buscar qualquer unidade ou serviço municipal de saúde, ou ainda preencher o cadastro pelo site saude.novohamburgo.rs.gov.br.

Em até três dias o Guia em Braille é entregue na residência do solicitante.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Reflexão

As pessoas constumam julgar-se incapaz de lidar com as pessoas com deficiência, afirmam que não estão preparadas para tamanho desafio.
No entanto, certo dia conversando com minha mãe, ela sabiamente me disse:
Quando vocês ficaram cegas eu também não sabia lidar, mas com amor, dedicação e empenho aprendi a conviver com a deficiência visual de vocês.
Acredito, que as pessoas precisam ter vontade para fazer o acolhimento, ninguém nasce sabendo de tudo, nada como a convivência e o tempo para aprender sobre as diferenças.
A sociedade contemporânea está vivendo o paradigma inclusivo, sendo assim, é preciso aceitar a diversidade, respeitando as diferenças das pessoas com deficiência, pois estamos num movimento sem volta onde o foco é caminhar para frente aprendendo coletivamente.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Frase do dia

Ter uma deficiência não é fácil, mas Deus dá a força que precisamos para superá-la.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Pensamentos são sementes de Amor, Prosperidade e Perfeição

Sei que moldo, formo e crio meu próprio destino.
Minha fé nas Leis Divinas é o meu destino.
Acalento uma fé permanente em todas as coisas boas.
Vivo em alegre expectativa do melhor.
Só o melhor me acontece.
Sei qual a colheita que terei no futuro, porque todos os meus pensamentos são pensamentos de Divinos e sei que assim eu mantenho meus pensamentos no bem, no belo, e no perfeito.
Meus pensamentos são sementes da bondade, verdade e beleza.
Neste momento, eu planto meus pensamentos de amor, prosperidade, paz, alegria, sucesso e boa vontade na horta da minha mente.
Esta horta Divina produzirá uma colheita abundante.
A glória e a beleza se manifestarão em minha vida.
Deste momento em diante, expresso vida, amor e verdade.
Sou radiantemente feliz e próspero de todas as maneiras.
Agradeço porque sei que assim é!

Por Tania Resende Adaptação de Joseph Murphy
Retirado de: Anima Mundhy

domingo, 24 de agosto de 2014

Congresso de acessibilidade - superação - tecnologia - inclusão

O Congresso de Acessibilidade, idealizado pela consultora em acessibilidade e inclusão Dolores Affonso, será o primeiro congresso nacional da área a ser realizado de forma totalmente gratuita pela internet. O evento acontecerá entre os dias 21 e 27 de setembro de 2014, coincidindo com a comemoração do Dia Nacional de Luta pela Inclusão das Pessoas com Deficiência.

Tendo nascido de um sonho de um mundo melhor – mais inclusivo -, contará com mais de 30 renomados especialistas de diversas áreas: inclusão, diversidade, acessibilidade, saúde, relacionamento, carreira, empreendedorismo, direitos humanos, tecnologias de informação e comunicação, assistivas e para reabilitação, entre outros. Eles trazem informações, conhecimentos e oportunidades que podem mudar a vida das pessoas com deficiência ou necessidades especiais.

O evento poderá ser assistido por computadores, tablets e celulares. As palestras serão veiculadas com legenda, audiodescrição e tradução em Libras para ser acessível a todos. O site do congresso também é acessível, oferecendo opções de aumento de fonte e de tradução de todo o conteúdo em Libras, além de, é claro, oferecer um leitor de telas integrado e ainda ser acessível aos leitores de telas de computadores, tablets e celulares.

“Este será um evento sem precedentes no país, muito esperado pelos mais de 45 milhões de brasileiros com deficiência e pelos outros milhões com necessidades especiais que lutam por uma vida digna no Brasil. Tenho certeza de que este evento mudará a vida de milhares, quem sabe milhões de pessoas por todo Brasil. Ficar de fora é o mesmo que desistir da sua vida e de seus sonhos!”, diz Dolores Affonso, Diretora Executiva da Affonso e Araujo Consultoria, deficiente visual e idealizadora do Congresso de Acessibilidade.

O evento contará com palestras, como a da própria Dolores Affonso, que ensina os 5 passos para superar a deficiência e mudar de vida, alcançando autonomia e liberdade; a do Fernando Lemos, sobre tecnologias para inclusão; a do Prof. Neivaldo Zovico da FENEIS, sobre a comunicação dos surdos; a da Laramara, sobre tecnologias assistivas e mobilidade, entre tantas outras; e entrevistas, como a de Lars Grael, contando sua história de superação e de Teresa Costa D’Amaral do IBDD sobre os direitos da pessoa com deficiência. Além de mais de 30 especialistas, o evento também trará representantes dos projetos e políticas públicas de inclusão e entidades de apoio aos deficientes explicando sobre os direitos das pessoas com deficiência, programas, projetos e eventos, e muito mais. O congresso contará ainda com um espaço virtual para parceiros, com informações de contato de diversas organizações de apoio ao deficiente; empresas de recolocação, formação e capacitação profissional; empresas desenvolvedoras de tecnologias de informação e comunicação, assistivas e para reabilitação, sites de relacionamento, agências de turismo acessível, projetos de esporte adaptado, cultura acessível, arquitetura humanista, moda inclusiva e muito mais.

Público

O evento foi pensado para atender as necessidades de todos: pessoas com e sem deficiência e/ou necessidades especiais, pais, amigos e demais interessados no tema; educadores, instituições de ensino e empresas que precisam se tornar acessíveis e inclusivas; organizações não governamentais, órgãos e entidades públicas de apoio, profissionais da saúde, arquitetos, web designers, cuidadores, enfermeiros, profissionais da área de cultura, esporte e todos que precisam conhecer as necessidades especiais, expectativas, capacidades e potencial das pessoas com deficiência e suas reais possibilidades de participação na sociedade, para realizarem melhor suas atividades pessoais e profissionais.

As pessoas, empresas e instituições que se interessarem em transformar vidas podem participar do congresso como parceiros, apoiadores, patrocinadores, fornecedores de brindes, divulgadores de produtos, entre outros. Para isso, entrem em contato com a idealizadora do evento Dolores Affonso (contato@congressodeacessibilidade.com).

Criamos uma campanha de doações para aqueles que acreditam na inclusão e na possibilidade de um mundo melhor, querem ajudar, apoiar a causa e não sabem como! Visite e saiba como participar!

Acesse nosso site www.congressodeacessibilidade.com e conheça os palestrantes e temas que serão abordados durante o congresso.

Serviço
Evento: Congresso de Acessibilidade
Datas: De 21 a 27 de setembro de 2014
Local: Online
Preço: Gratuito

Frase do dia

Por mais que as vezes parece que estamos sosinhos, Deus está conosco.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

15 anos como pessoa cega

Neste momento estou sentindo um misto de alegria e tristeza.
Hoje estou completando 15 anos sem enxergar.
Neste mesmo dia comemora-se o dia nacional do Historiador, coincidentemente me formei em História.
Minha vida mudou literalmente da noite para o dia, pois acordei cega.
Foi muito impactante, pois mudanças estavam por vir.
Aceitar essa nova realidade não foi fácil.
Viver nesse mundo novo era um desafio.
Na vida certas coisas não se explicam, se vivem.
A maior certeza que tive era que precisava caminhar em frente e tentar realizar meus objetivos apesar dos pesares.
Ser chamada de cega no começo doía muito na alma.
Acostumar-me com a idéia de que não teria como reverter o ocorrido demorou bastante.
Ser mais forte que a morte também era preciso.
Pensar positivamente em dias melhores era a saída.
Acreditar em Deus foi imprescindível.
Meus pais e Deus foram meu alicerce.
Tive muita esperança em dias melhores.
A fé me moveu para frente.
Durante esses 15 anos percebi que tudo na vida é possível.
Estudar, trabalhar, amar, casar e ser muito, muito feliz.
Apenas precisamos acreditar em nossas capacidades que tudo se realiza.
Agradeço a Deus por ter me dado força para seguir em frente e por ter conseguido realizar meus sonhos!
Atualmente sou uma pessoa realizada e feliz!

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A VIDA QUASE SECRETA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

A paulistana Maria Eugênia é dona de casa, tem 64 anos e um único neto, o Luís Felipe, que neste mês completa doze anos de idade. O Luís Felipe é cego. "Antes do Felipe, eu nem imaginava como era ter uma deficiência e a única coisa que sentia era pena dessas pessoas", conta em um longo email. "Via campanhas de arrecadação de dinheiro para instituições assistenciais na televisão, todo mundo sorrindo, eu ficava feliz por serem acolhidas e cuidadas pela sociedade, já que achava que não podiam mesmo estudar, trabalhar ou casar - aliás, achava que nem eram em número tão grande porque a gente quase não vê cadeirantes e cegos pelas ruas".
Hoje, a opinião da Maria Eugênia é outra: "O preconceito contra quem tem deficiência é enorme, a desinformação sobre o assunto é geral e as medidas realmente inclusivas quase não existem, principalmente para os cegos. O discurso do governo é um e a prática é bem outra. Muitas ações para a imprensa ver, mas que nem de longe atendem às reais necessidades de quem tem deficiência. Somos uma família de leitores, lembro da farra que eram as reuniões com colegas de escola para fazer trabalhos, aquele monte de livros indicados pelos professores espalhados sobre a mesa para a gente discutir e consultar. Fico triste porque o Felipe não tem acesso a eles, as editoras não vendem os livros nos formatos digitais acessíveis, as bibliotecas não são acessíveis e livro é uma das coisas de que ele mais gosta na vida! Hoje, já quase nem entro mais em livrarias, de tanto desgosto. Os livros não são acessíveis, as cidades não são acessíveis, a televisão também não! Nada que é para todo mundo é para ele. O esforço dos cegos para estudar, para ter acesso à cultura e à vida social é muito grande e maior ainda para se equiparar aos colegas que enxergam. Nossa preocupação é que, mesmo que o Felipe conclua uma faculdade, como é que vai conseguir um bom emprego?"
Boa pergunta. O consultor, palestrante em acessibilidade e ativista Flávio Scavasin que o diga. Tem 53 anos, é formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), em Administração pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e dono de um consistente currículo que inclui a gestão do Parque Villa-Lobos, em São Paulo. É monocular, ou seja, enxerga com apenas um dos olhos, e utiliza uma prótese em uma perna. Para fazer um teste de empregabilidade e comprovar o que já é mais do que sabido, Flávio digitou seu currículo para uma das melhores vagas oferecidas pela mais conhecida agência de empregos online do país. Ao colocar sua deficiência, a vaga simplesmente desapareceu!!! Mas voltou, como mágica, assim que ele digitou o mesmo currículo sem mencionar a deficiência...
Relatou o episódio durante o recente fórum Sou Capaz - Promovendo a Inclusão Profissional, realizado no dia 31 de março pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), em São Paulo, a um painel de palestrantes composto, entre outros, por representantes do governo municipal, das empresas Mahle, Metso Brasil e Pirelli e auditores fiscais do trabalho. Ouviu que muitas empresas contam com parceiros externos para a seleção de pessoas com deficiência e outras nem conhecem estes canais de acesso; e que as vagas existem e não há discriminação quanto a seu preenchimento por pessoas com deficiência, bastando que sua deficiência não atrapalhe a execução da função.
Questionados a respeito da ínfima ocupação de cargos gerenciais e executivos por pessoas com deficiência, os argumentos foram de que por conta das dificuldades existentes para que tenham uma boa educação e formação profissional, o maior número de vagas acaba sendo mesmo para os cargos com pouca qualificação; que o recrutamento para os cargos mais altos é feito dentro das próprias empresas, que optam por promover seus funcionários em vez de buscar profissionais no mercado; que para algumas especialidades não há profissionais capacitados nem com nem sem deficiência; e, claro, a resposta-padrão quando não se tem uma resposta: que esta é uma questão latente que precisa ser mais discutida, mais aprofundada em mais encontros, mais debates etc. etc. etc.
O sopro de ar fresco do fórum veio de Grácia Fragalá, ex-executiva das áreas de segurança e saúde no trabalho do grupo Telefônica e atual consultora da FIESP, ao afirmar que nas empresas, as áreas da segurança e da saúde do trabalhador são restritas ao ambulatório, à análises de acidentes e à expressão "não pode"; são áreas vistas como centros de custos e não de investimentos; que a empresa só olha para tudo o que a pessoa com deficiência não pode fazer; e que o foco está mesmo apenas no cumprimento de exigências legais.
Já a coordenadora nacional do projeto de inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, Fernanda Maria Pessoa Di Cavalcante, uma das palestrantes do Fórum Lei de Cotas e Trabalho Decente para Pessoas com Deficiência, realizado no último dia 11, na feira Reatech, em São Paulo, afirmou que são muito poucas as empresas que cumprem a Lei de Cotas espontaneamente. "Pergunto a empresários se contratariam pessoas com deficiência se não houvesse obrigatoriedade e fiscalização e a resposta é sempre não", diz.
O mais preocupante, segundo Fernanda, é constatar que em 2012 ficaram nas empresas apenas 6% do percentual de pessoas com deficiência incluídas - costumam ser demitidas depois que a fiscalização é realizada. "Mas a Lei de Cotas ainda é, infelizmente, o grande instrumento de inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho", conclui. No mesmo fórum, o secretário estadual de inclusão da pessoa com deficiência da Força Sindical de São Paulo, João Batista da Costa, afirmou que "em cada quatro trabalhadores com deficiência no Brasil, apenas um está empregado".
Ainda no fórum, o consultor e ativista de direitos Romeu Kazumi Sassaki apresentou e comentou as recomendações da Organização Internacional do Trabalho para a Boa Inclusão. Aí vão algumas delas, tão necessárias quanto urgentes: fomentar o autoemprego e as empresas sociais, como, por exemplo, as cooperativas; incentivar o acesso ao crédito financeiro; melhorar o trabalho decente nas economias rurais; equacionar o trabalho informal, para que deixe de ser clandestino e assegure direitos ao trabalhador; implementar a acessibilidade nos espaços virtuais, quase esquecida em detrimento das adaptações de ambientes físicos; e que a inclusão, com as discussões envolvendo basicamente a iniciativa privada, também seja cobrada no setor público, no governo - espaços muitas vezes restritivos demais.
Flávio Scavasin brinca que, se nos anos 1970 só o que os governos faziam no Brasil era construir estradas e aeroportos pela visibilidade que traziam, estamos agora na década dos eventos e é um atrás do outro. Só que, infelizmente, o que se nota é que, cada vez mais, os encontros, debates, seminários e simpósios sobre inclusão têm sido apresentados por quem não tem deficiência e, também cada vez mais, para plateias formadas em sua quase totalidade por pessoas sem deficiência. Em um meio onde quase não existe luta por direitos básicos, como esperar mudanças efetivas se a já pequena participação dos maiores interessados parece diminuir? Às vezes, nada é mesmo tão ruim que não possa piorar.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Divulgando Pós-Graduação em Educação Especial

Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em EDUCAÇÃO ESPECIAL: ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO

1ª Edição – Câmpus Ijuí
Um dos graves problemas que afetam o sistema de ensino é a sua incapacidade para compreender a diversidade de fatores pessoais, cognitivos e sociais que estão implicados nas aprendizagens.
Diante dessa realidade, o Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Educação Especial: Atendimento Educacional Especializado visa capacitar profissionais da área da educação para atuar neste contexto, atendendo as diferentes especificidades na educação especial e promovendo uma compreensão do processo de inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais nas classes comuns.
Para isso, o curso prepara o aluno para a escola inclusiva e para a reflexão sobre a problematização e a construção do conhecimento sobre as diferenças no contexto da aprendizagem nas especificidades da deficiência, transtornos globais do desenvolvimento visando capacitar profissionais para trabalhar no atendimento educacional especializado.
PÚBLICO ALVO
Profissionais das áreas de pedagogia, psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia, educação física, serviço social, terapia ocupacional, demais licenciaturas e áreas afins.
PREVISÃO PARA INÍCIO DO CURSO
- Setembro de 2014 (Câmpus Ijuí)
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA
- Cópia da Certidão de nascimento ou casamento;
- Cópia do CPF e da Identidade;
- Cópia autenticada do Diploma de Graduação, caso não seja da Unijuí;
- Cópia do Histórico Escolar de Graduação;
- Curriculum Vitae resumido.
* Egressos da Unijuí devem entregar somente os documentos que foram alterados do período em que eram alunos.
No caso da opção por pagamento parcelado, incluir documentos do fiador (cópia do CPF, da Identidade e comprovante de renda e de residência).
AULAS
As disciplinas serão ofertadas nos meses letivos, em finais de semana alternados, com aulas nas sextas-feiras, das 18 às 22 horas; e nos sábados, das 9 às 13 horas, e das 14 às 18 horas.
O curso terá um percentual de até 20%, destinado para atividades não presenciais, desenvolvidas pelo ambiente Conecta, conforme disposto no cronograma do curso.
INVESTIMENTO
Valor à vista: R$ 7.215,00
Parcelamento: a partir de R$ 259,05 mensais.
*Egressos formados pela Unijuí, possuem 15% de desconto.
ESTRUTURA CURRICULAR
· Fundamentos Básicos e Políticas Públicas da Educação Inclusiva – 20h
· Aprendizagem e as Necessidades Educacionais Especiais – 20h
· Corpo(s) e as diferenças: Problematizando Discursos e Representações – 20h
· Atendimento Educacional Especializado – Sala de Recursos Multifuncional – 20h
· Processos Educativos das Pessoas com Transtornos Globais do Desenvolvimento – 40h
· Processos Educativos das Pessoas com Surdez – 40h
· Processos Educativos da Pessoa com Cegueira, Baixa Visão e Surdocegueira – 40h
· Processos Educativos da Pessoa com Deficiência Intelectual – 40h
· Transtornos Funcionais Específicos – 40h
· Projetos Educacionais na Inclusão – 30h
· Diagnóstico e Avaliação da Aprendizagem de PNEE – 30h
· Seminários Temáticos – 24h
· Trabalho de Conclusão de Curso – 30h
CARGA HORÁRIA TOTAL: 390h
CORPO DOCENTE*
Coordenação: Marta Estela Borgmann (Mestra) e Daniela Medeiros (Mestra)
· Alex Garcia (Especialista)
· César Augusto Nunes Bridi Filho (Doutor)
· Daniela Medeiros (Mestra)
· Daniele Noal Gai (Mestra)
· Dulcilene Alves de Melo (Mestra)
· Fabiana Bridi (Doutora)
· Iara Caierão (Doutora)
· Jane Teresinha Donini Rodrigues (Mestra)
· Marcia Lise Lunardi Lazzarin (Doutora)
· Maria Simone Vione Schwengber (Doutora)
· Marizete Almeida Müller (Especialista)
· Marta Estela Borgmann (Mestra)
· Patrícia Gräff (Mestra)
· Sonia Aparecida da Costa Fengler (Mestra)
· Valquirea Martins Monteblanco (Especialista)
MATRÍCULAS E INFORMAÇÕES
· Câmpus Unijuí (Ijuí, Panambi, Santa Rosa e Três Passos);
· Pelo link: http://www.unijui.edu.br/educacao-continuada/pos-graduacao-lato-sensu/educaco-especial-atendimento-educacional-especializado-iju-58
· Unidade de Educação Continuada, Fone: 55 3332.0553.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Estimulação precoce de uma criança cega

Segue link de um vídeo onde a mãe estimula o filho sego a aprender a reconhecer o espaço onde mora.
Indo na casa da vovó! Miguel. - YouTube
Assistindo o vídeo fiquei angustiada, mas ao mesmo tempo sei que Miguel está recebendo a estimulação correta para seu desenvolvimento pessoal.

Estimulação precoce de uma criança cega

O vídeo a seguir demonstra a estimulação precoce da mãe com seu filho cego.
Indo na casa da vovó! Miguel. - YouTube Ao assistir esse vídeo fiquei angustiada, mas ao mesmo tempo sei que Miguel está recebendo a estimulação correta e importante para seu desenvolvimento pessoal.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Carta de uma Professora Apaixonada sobre as Barreiras Atitudinais Perante seu Namorado Cego

Ao Presidente:

CARO SR.,
Sou uma mulher com visão normal, tenho 25 anos de idade e estou namorando um homem cego, de 23 anos. O nome dele é Mathews Souza.
"Quando comecei a fazer parte deste Grupo de pessoas com deficiência, eu o fiz porque queria entender melhor as preocupações e problemas que o MATHEWS tinha. Eu sabia que havia problemas e discriminações, mas jamais pensei que eram tão gritantes até recentemente.
Ambos temos educação superior e possuímos empregos muito bons. MATHEWS trabalha para a Previdência e eu ensino crianças cegas.
Minha filosofia, em termos de ensino, é que elas são simplesmente crianças e precisam das mesmas coisas que todas as crianças precisam. Acredito que a fim de lhes ensinar, tenho que olhar para elas primeiro como crianças e só depois como alunos que precisam de treinamento específico em certas áreas. Se eu não posso fazer isso, a única coisa que eu lhes vou ensinar é como serem deficientes e cegas.
Por causa do meu emprego, comecei a entender por que Mathews ficava tão bravo com certas attitudes de algumas pessoas.
Eu, da mesma forma, fico brava com as pessoas (quando elas olham para os meus alunos) meneiam a cabeça e dizem "coitadinho do pobrezinho"e complementam: Mas eles são tão felizes"como se a única coisa que eles fossem capazes de fazer é serem agradáveis.
Meus alunos são felizes, é claro. E são também inteligentes, doces, mal humorados, mesquinhos, irritados, etc. São tudo o que as crianças são. Eles recebem disciplina quando precisam e elogios quando merecem. Eu não lhes fico dizendo o tempo todo que são maravilhosos e corajosos. Eles são elogiados por suas realizações e por tentarem também.
Sempre digo para os meus alunos que jamais lhes vou pedir que façam qualquer coisa que eu ache que eles não podem fazer.
Eu simplesmente espero que eles consigam e eles esperam conseguir também.Acho que esta é a única maneira que uma criança cega pode crescer para ser um adulto digno. Não quero que meus alunos pensem que cada pequena realização é uma coisa grandiosa demais. Todos os meus alunos estão orgulhosos de suas realizações e eles devem estar - eles deram duro para isso; mas acho que é um insulto para a criança ficarmos insistindo em quão maravilhosa ela é. Para mim isso implica que você pensa que, para início de conversa, a criança é estúpida e você nunca teve fé bastante nela para pensar que ela poderia fazer o que fez.
Estou aprendendo Braille agora e MATHEWS está me ajudando. Ele me elogia e encoraja, mas ele não age como se eu tivesse feito algo fora do comum. Para mim isto é muito mais do que um elogio. Sinto como se ele soubesse que eu pudesse fazê-lo.
Se ele fizesse um estardalhaço disso, eu pensaria que ele acha que sou de certa forma uma incapaz e que aprender Braille é realmente um grande feito para uma imbecil como eu.
"Tenho raiva dos pais que mimam os seus filhos e nunca permitem que eles façam algo, ou que não os levam a fazer algo.
Todas as crianças caem, caem de balanços, batem a cabeça, etc, e as crianças que eu ensino têm o direito de caírem também. Sei que é difícil para algumas dessas crianças fazerem certas coisas, mas elas têm que tentar. Quando você tem crianças "mimadas" na sala de aula elas são quase impossíveis de serem ensinadas. Isso porque, os adultos fizeram com que elas pensem que elas não têm que fazer nada, e elas vão crescer e tornarem-se adultos que pensam que o mundo lhes deve um favor.
Um outro grupo de pais de que detesto são aqueles que têm vergonha de seus filhos. As crianças nessa condição também são difíceis de serem ensinadas.
"Mas neste final de semana eu vi discriminação e crueldade como nunca, e pela primeira vez entendi completamente o quão importante é a união das pessoas com deficiência na luta contra as barreiras atitudinais.
Em minha experiência, eu tenho tido contato com a reação de pena que algumas pessoas apresentam em relação às crianças com deficiência, barreira atitudinal de pena ou dó: "coitadinha da pobrezinha. Deve ser horrível passar a vida assim';
com a barreira atitudinal de exaltação do herói (síndrome do corajoso e maravilhoso )- tudo o que a criança faz está, de certa forma, além do campo das expectativas de um ser humano: "Minha nossa, como você é inteligente!"A criança é sempre descrita como sendo "especial e corajosa'; barreira atitudinal de inferioridade ninguém espera que ela seja capaz de fazer qualquer coisa, e quando faz, o elogio é grosseiramente desproporcional. Barreira atitudinal de Rejeição: a criança é ignorada ou evitada.
"No último final de semana, meu namorado e eu experienciamos uma mistura de todas essas barreiras:
Sexta à noite, MATHEWS e eu recebemos algumas pessoas para jantar. Eu estava na cozinha fazendo feijão cozido e ovos deviled. Meu namorado entrou e perguntou se havia algo que ele poderia fazer. Então, pedi que fatiasse os tomates. (Eu não tinha a intenção de fazer disso um "show". Eu só queria ver os benditos tomates cortados.)
Nesse momento, um dos convidados entrou na cozinha e disse: "Mas, ele pode cortar os dedos.ao que MATHEWS lhe redarguiu que já havia cortado tomates antes e tinha certeza que o podia fazer novamente. Ele o fez e logo tinha um prato bonito cheio de tomates cortados. O homem, que o tinha ficado observando, então, pegou-o pelo braço com uma mão e , com o prato com os tomates na outra mão levou-o para mostrar a todos os demais o que MATHEWS tinha feito. (Uma criança de um ano de idade que acabara de aprender a andar de bicicleta não teria ganho tantos elogios.)
Meu namorado ignorou o fato e foi acender o carvão. O mesmo homem de antes me perguntou: "Você vai deixá-lo fazer isso? "Eu encolhi os ombros e disse: "Por que não?
O homem deu um salto e correu atrás de MATHEWS . Quando o homem voltou, tudo que ele falava era o quão notável MATHEWS era, quão notável era o que MATHEWS era capaz de fazer etc. "Depois de todo o falatório começamos a comer.
Daí começou a chover. Meu namorado se levantou e me perguntou: "As janelas do carro estão abertas?"disse-lhe que sim, então MATHEWS correu para fora para levantá-las - sem levar sua bengala. E o mesmo homem de antes então indagou?"O MATHEWS não precisa disso aqui?"Eu, então respondi: "Não. Não se preocupe tanto com ele. Ele está bem" Meu namorado voltou e começamos a comer novamente. MATHEWS queria mais feijão, então foi para o fogão e pegou mais. O comentário do homem foi "Isto é simplesmente maravilhoso."Ora, pergunto eu: O que há de tão maravilhoso em uma pessoa cega pegar feijão sozinha? Meu namorado me disse mais tarde (depois que os convidados foram embora) que se sentia como se estivesse curvando depois de cada coisa que aquele homem dizia. Eu não acho que meu namorado fez nada fora do comum, e nem ele achava.
A noite toda ele se sentiu como se estivesse "fazendo parte de um show", e eu sentia um forte desejo de me levantar e gritar: "MATHEWS não é um idiota , e não é um bebê. Ele não está fazendo nada de extraordinário, então calem a boca!
Mas, isso não foi só. Mais tarde naquela noite meu namorado e eu fomos à emergência do hospital. Ele tinha esbarrado em alguma erva venenosa, e ela lhe irritara os olhos.
A enfermeira de plantão era péssima. Ela não achava que MATHEWS era notável - Pelo contrário, achava que MATHEWS era cego, surdo, mudo, estúpido, e incapaz de fazer qualquer coisa.
A enfermeira me perguntou, "Qual é o nome dele? Onde ele mora? Os olhos dele coçam?"Eu me senti ofendida com tal comportamento da enfermeira e disse, "Eu acho que ele pode responder a todas essas perguntas sozinho. Meu namorado calmamente disse à enfermeira o que ela queria saber, mas notei que ele estava furioso com toda aquela situação.
"Quando MATHEWS entrou para ser atendido, um senhor veio a mim e disse, "Você é tão maravilhosa em ser bondosa com aquele pobre jovem. "Então, tentei explicar que eu me sentia com sorte de ter um homem como MATHEWS . (E sou. Ele é a melhor coisa que jamais aconteceu comigo. Quando nós estamos juntos, eu me sinto feliz, segura e protegida. Eu o amo.) Depois que terminei de tentar explicar ao senhor o nosso relacionamento, ele disse, "Você quer dizer que você está saindo com ele? Ele é cego. "Então eu disse algo que eu não deveria ter dito. "Sim, ele é cego, mas ele é mais homem do que você jamais será."Meu namorado saiu do consultório, e fomos embora.
"Sábado à tarde, mais alguns amigos vieram nos visitar, e todos fomos andar de patins. Foi muito bom e nos divertimos todos juntos.
Quando chegamos de volta ao apartamento de meu namorado, uma de minhas amigas falou: "Você é realmente legal com o MATHEWS Ele precisa de alguém como você."Eu disse para ela que eu também precisava dele. Então ela me perguntou se quando nós estamos sós Mathews era capaz de fazer todas as coisas que outros homens fazem. Você pode imaginar o meu espanto com tal pergunta. Eu garanti a ela que ele certamente fazia e não deixava nada a desejar.
"Domingo, eu estava tão sobrecarregada com tudo o que acontecera que não conseguia sequer pensar. Meu namorado sabia que algo estava errado. Eu lhe disse que estava ok. Ele tinha algumas latas que precisavam ser rotuladas, então eu comecei a fazer isso na máquina Braille dele. Eu estava colocando um rótulo numa lata de suco de abacaxi e escrevi suco errado.
MATHEWS comentou que jamais tinha visto suco escrito daquele jeito. Então eu chorei. Daí, Ele ficou visivelmente sentido pelo fato de eu ter chorado e disse: "Eu vou lhe perguntar uma vez o que está errado, e se você não quiser me dizer, tudo bem, mas eu gostaria de poder lhe ajudar com o que está acontecendo."Então eu lhe disse que não achava justo que ele tivesse que passar por aquelas situações, e que o amava demais para o ver aguentar a todas aquelas formas de discriminação e preconceito.
MATHEWS é um homem doce, amável, compassivo, inteligente, sexy, e desejável; e eu o amo por tudo isso. Então, me machuca ver tantas pessoas tratá-lo como algum tipo de incapaz. Ele tem uma auto-imagem muito boa e não quero que isso mude. Ele disse, "Querida, tenha calma. Você vai se acostumar com isso."Não, eu não vou. Eu não vou me acostumar a vê-lo sendo insultado.
"Eu simplesmente não posso entender que diferença faz se ele enxerga ou não!
Uma de nossas amigas recentemente me disse, "Você realmente é uma pessoa excepcional para poder aceitar o Mathews."Eu disse a ela que, de fato, não era, e que eu simplesmente não pensava sobre isso. Ela disse: "Oh, deve ser duro esquecer uma coisa dessa." Disse-lhe que eu não tentava esquecer nada; que simplesmente não pensava sobre isso - da mesma forma que uma pessoa não pensa sobre o fato de que alguém tem cabelos castanhos. Realmente faz pouca diferença de que cor o cabelo de alguém é, a mesma coisa com relação a Mathews.
Eu sei que ele não pode enxergar, e eu não tento esquecer isso. Entretanto, eu realmente não fico pensando no fato de ele ser cego ou em sua cegueira. Mas, minha amiga não conseguia entender isso. Ela disse: "mas é tão óbvio." Daí, Eu lhe disse que ela parava de olhar quando viu os óculos que ele usava- e que ela não era capaz de ver o homem por de trás deles. Por fim, disse-lhe que ela era "mais limitada"do que Mathews. Lá se foi uma amiga.
"O que mata mesmo é quando as pessoas ficam sabendo que sou uma professora de educação especial..., Imagino que não preciso dizer o que elas dizem então.
"Nesse dia, Mathews ficou comigo metade da noite. Ele falou comigo e me ouviu chorar.
Sr. Presidente, entenda que não estava chorando porque eu estou amando um " homem cego", mas porque eu amo meu namorado, e me machuca quando as pessoas agem com tamanha discriminação e preconceito frente à deficiência dele.
"Sinceramente,"
A professora Apaixonada

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Sancionada lei que reduz tributos de produtos para pessoas com deficiência

O Diário Oficial da União publicou no dia 18 a lei que reduz a zero as alíquotas do PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre 27 produtos voltados a pessoas com deficiência.

Entre os produtos estão calculadoras equipadas com sintetizador de voz, teclados com adaptações específicas, mouses com acionamento por pressão, digitalizador de imagens - scanners - equipados com sintetizador de voz, lupas eletrônicas, próteses oculares e softwares de leitores de tela que convertem o texto em voz ou em caracteres braille, para utilização de surdos-cegos.

A medida faz parte do Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Plano Viver sem Limite), lançado pelo governo federal no ano passado. Também contam com isenção desde novembro do ano passado, data de publicação da Medida Provisória 549/11, partes e peças para cadeiras de rodas.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 45,6 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência no país, o que corresponde a 23,91% da população brasileira.

Fonte: www.visibilidadecegosbrasil.com.br

terça-feira, 27 de maio de 2014

Frase do dia

Para a sociedade é mais fácil ignorar as pessoas com deficiência do que fazer algo por elas.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Não sou boneca de pano, muito menos marionéte!

Prezadas pessoas que me encontram na rua.
Peço encarecidamente que não me tratem como boneca de pano ou marionete!
Sou apenas deficiente visual!
Se desejam me auxiliar durante o percurso na rua, por gentileza falem comigo antes de me apertar ou puchar para cá e para lá.
Como vocês tem boca para se comunicar eu tenho ouvidos para lhes escutar!
No entanto, parem de me apertar ou puchar como marionéte sem falar o motivo.
Se estou prestes a bater em um poste ou cair num buraco é só pedir conlissença para me ajudar.
Conversando podemos se entender, mas dando apertões e puchões sem avisar é desanimador, pois faz nos sentir uma boneca de pano ou marionete!
Grata pela atenção.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Perícia para concessão da aposentadoria especial a pessoa com deficiência

Após quase um ano da aprovação da Lei Complementar 142 pela presidente Dilma Rousseff (em 9 de maio) e cerca de cinco meses depois da publicação do decreto 8.145/2013 (3 de dezembro), pessoas com deficiência em vias de se aposentar poderão realizar perícia médica no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). O intuito é pleitear benefício especial que reduz em até dez anos o tempo de contribuição, em cinco anos a idade e isenta o segurado da incidência do fator previdenciário, que achata o valor a receber, em média, em 30%.
Embora desde 31 de janeiro já estivesse liberada a possibilidade de entrar com pedido para aposentadoria especial para deficiente, segundo o órgão, a realização de perícia com essa finalidade começa hoje em todo o País. “Os primeiros a serem atendidos são os que fizeram o agendamento em fevereiro”, esclarece o INSS.
Quem ainda não marcou avaliação levará, em média, 35 dias para ser atendido no Estado de São Paulo, de acordo com o instituto. Em outras palavras, quem agendar perícia hoje, pelo telefone 135, será atendido no fim de maio.
A aposentadoria especial para deficiente reduz o tempo de contribuição conforme o grau de limitação do segurado, que pode ser classificado em três níveis: leve (diminui em dois anos), moderado (em seis anos) ou grave (em dez).

CRITÉRIOS

A perícia será realizada por grupo multidisciplinar formado por médico e assistente social. “A avaliação dessa equipe certificará a existência, ou não, da deficiência, e o grau dela. Primeiro, o segurado será avaliado pela perícia médica, que vai considerar os aspectos funcionais físicos da deficiência e a interação com as atividades que ele desempenha. Depois, passará por avaliação social, que vai levar em conta as funções realizadas pela pessoa nos ambientes do trabalho, de casa e social”, explica o INSS.
De acordo com as novas regras, o perito deverá seguir lista de avaliações presentes na CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade) da OMS (Organização Mundial da Saúde), diz a vice-presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), Adriane Bramante. “Não haverá mais ‘achismos’, tudo será baseado em avaliações, laudos e exames médicos”.

BENEFÍCIOS -
Nos casos de deficiência grave, a aposentadoria será concedida após 25 anos de tempo de contribuição para homens (em vez dos 35 exigidos pelo período comum) e 20 anos para mulheres (ante 30). O período passa para 29 anos para eles e 24 para elas no caso da moderada.
Representantes do sexo masculino com deficiência leve podem se aposentar com 33 anos e, do feminino, com 28 anos.
Quem quiser se aposentar por idade também tem um bônus. São cobrados 60 anos para homens, em vez de 65, e 55 anos para mulheres, ante 60. Quanto ao valor a receber, devido à não incidência do fator previdenciário, os segurados com deficiência que sempre contribuíram pelo teto têm mais chances de ganhar benefício próximo da quantia máxima (hoje de R$ 4.390,24).

Fonte de informação da assessoria de comunicação do ICEP BRASIL
Site: www.icepbrasil.com.br Email: icepbrasil@icepbrasil.com.br Facebook: www.facebook.com/icepbrasil twitter: www.twitter.com/icepbrasil Telefone: 61 - 3031 170061 - 3031 1700

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Reflexão do dia

Ultrapassar a barreira do preconceito é um desafio diário para as pessoas com deficiência.
Superar os desafios impostos pela deficiência é constante.
Aceitar as diferenças é tão difícil para as pessoas sem deficiência.
As pessoas com deficiência estão lutando por igualdade de condições, no entanto, é preciso que cada pessoa se imagine com alguma deficiência para que consiga aceitá-las na convivência.
Uma pessoa com deficiência perde oportunidades quando sua eficiência é questionada sem conhecimento de causa.
É triste se qualificar e saber que ainda a sociedade penssa que nossa qualificação não é suficiente.
Lamentávelmente temos uma deficiência, é decepcionante conviver com o preconceito e a exclusão devido a sociedade não aceitar as diferenças.
Acredito que a falta de informação e formação, produz essa exclusão, sendo assim, precisamos caminhar em frente provando que temos condições de superar o monstro do preconceito que mora dentro de muitas pessoas que não sabem conviver com essas diferenças.
Desejo que ninguém precise adquirir uma deficiência para perder o monstro que há dentro de si!
Para não ter remórsso não faça o que não deseja para si!

Bíblia em Braile

Com o objetivo de oferecer aos portadores de deficiência visual materiais bíblicos em formatos adequados às suas necessidades, a SBB implantou, em 2001, a Imprensa Braile. Integrada à Gráfica da Bíblia, ela reúne equipamentos de última geração, importados da empresa norueguesa Braillo, especializada em insumos para impressão em braile.

Com capacidade de impressão de 1,2 mil páginas/hora, essa tecnologia possibilita que a Bíblia completa seja impressa em cerca de seis horas, o que possibilita mais agilidade e custos reduzidos. Esses resultados alcançados com a Imprensa Braile possibilitaram a produção da primeira Bíblia em Braile em português.

O principal diferencial do equipamento adquirido pela SBB é a capacidade de impressão sob demanda.

O equipamento faz a impressão em braile sem matriz, direto no papel. Dessa forma, pode-se imprimir desde um exemplar da Bíblia completa, ou alguns volumes, até uma tiragem maior.

O equipamento é composto por uma impressora conectada a um computador e alimentada por bobina de papel. O programa transforma qualquer arquivo de texto em arquivo braile e envia para a impressora, que reproduz os pontos na folha, já com o acabamento finalizado. Após este processo, basta encadernar com espiral ou capa dura.

Contato da Sociedade Bíblica do Brasil

Avenida Ceci, 706 - CEP: 06460-120 - Barueri - São Paulo - Tel: (11) 4195-9590 - SAC: 0800-727-8888 - Email: webmaster@sbb.org.br

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Feliz Páscoa!

Gostaria de agradecer a você que acessa e compartilha meu blog com seus amigos.
Desejo uma feliz Páscoa a você que participa da construção de uma terra inclusiva!
Grande abraço fraterno!

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Lei de promoção da acessibilidade para as pessoas com deficiência

LEI No 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000.

Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

capítulo I

disposições gerais
Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.
Art. 2o Para os fins desta Lei são estabelecidas as seguintes definições:
I – acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;
II – barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o acesso, a liberdade de movimento e a circulação com segurança das pessoas, classificadas em:
a) barreiras arquitetônicas urbanísticas: as existentes nas vias públicas e nos espaços de uso público;
b) barreiras arquitetônicas na edificação: as existentes no interior dos edifícios públicos e privados;
c) barreiras arquitetônicas nos transportes: as existentes nos meios de transportes;
d) barreiras nas comunicações: qualquer entrave ou obstáculo que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios ou sistemas de comunicação, sejam ou não de massa;
III – pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida: a que temporária ou permanentemente tem limitada sua capacidade de relacionar-se com o meio e de utilizá-lo;
IV – elemento da urbanização: qualquer componente das obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação, saneamento, encanamentos para esgotos, distribuição de energia elétrica, iluminação pública, abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que materializam as indicações do planejamento urbanístico;
V – mobiliário urbano: o conjunto de objetos existentes nas vias e espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elementos da urbanização ou da edificação, de forma que sua modificação ou traslado não provoque alterações substanciais nestes elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares, cabines telefônicas, fontes públicas, lixeiras, toldos, marquises, quiosques e quaisquer outros de natureza análoga;
VI – ajuda técnica: qualquer elemento que facilite a autonomia pessoal ou possibilite o acesso e o uso de meio físico.

CAPÍTULO II

DOS ELEMENTOS DA URBANIZAÇÃO
Art. 3o O planejamento e a urbanização das vias públicas, dos parques e dos demais espaços de uso público deverão ser concebidos e executados de forma a torná-los acessíveis para as pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Art. 4o As vias públicas, os parques e os demais espaços de uso público existentes, assim como as respectivas instalações de serviços e mobiliários urbanos deverão ser adaptados, obedecendo-se ordem de prioridade que vise à maior eficiência das modificações, no sentido de promover mais ampla acessibilidade às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Parágrafo único. Os parques de diversões, públicos e privados, devem adaptar, no mínimo, 5% (cinco por cento) de cada brinquedo e equipamento e identificá-lo para possibilitar sua utilização por pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, tanto quanto tecnicamente possível. (Incluído pela Lei nº 11.982, de 2009)
Art. 5o O projeto e o traçado dos elementos de urbanização públicos e privados de uso comunitário, nestes compreendidos os itinerários e as passagens de pedestres, os percursos de entrada e de saída de veículos, as escadas e rampas, deverão observar os parâmetros estabelecidos pelas normas técnicas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
Art. 6o Os banheiros de uso público existentes ou a construir em parques, praças, jardins e espaços livres públicos deverão ser acessíveis e dispor, pelo menos, de um sanitário e um lavatório que atendam às especificações das normas técnicas da ABNT.
Art. 7o Em todas as áreas de estacionamento de veículos, localizadas em vias ou em espaços públicos, deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção.
Parágrafo único. As vagas a que se refere o caput deste artigo deverão ser em número equivalente a dois por cento do total, garantida, no mínimo, uma vaga, devidamente sinalizada e com as especificações técnicas de desenho e traçado de acordo com as normas técnicas vigentes.

CAPÍTULO III

DO DESENHO E DA LOCALIZAÇÃO DO MOBILIÁRIO URBANO
Art. 8o Os sinais de tráfego, semáforos, postes de iluminação ou quaisquer outros elementos verticais de sinalização que devam ser instalados em itinerário ou espaço de acesso para pedestres deverão ser dispostos de forma a não dificultar ou impedir a circulação, e de modo que possam ser utilizados com a máxima comodidade.
Art. 9o Os semáforos para pedestres instalados nas vias públicas deverão estar equipados com mecanismo que emita sinal sonoro suave, intermitente e sem estridência, ou com mecanismo alternativo, que sirva de guia ou orientação para a travessia de pessoas portadoras de deficiência visual, se a intensidade do fluxo de veículos e a periculosidade da via assim determinarem.
Art. 10. Os elementos do mobiliário urbano deverão ser projetados e instalados em locais que permitam sejam eles utilizados pelas pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

CAPÍTULO IV

DA ACESSIBILIDADE NOS EDIFÍCIOS PÚBLICOS OU DE USO COLETIVO
Art. 11. A construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis às pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo, na construção, ampliação ou reforma de edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser observados, pelo menos, os seguintes requisitos de acessibilidade:
I – nas áreas externas ou internas da edificação, destinadas a garagem e a estacionamento de uso público, deverão ser reservadas vagas próximas dos acessos de circulação de pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem pessoas portadoras de deficiência com dificuldade de locomoção permanente;
II – pelo menos um dos acessos ao interior da edificação deverá estar livre de barreiras arquitetônicas e de obstáculos que impeçam ou dificultem a acessibilidade de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;
III – pelo menos um dos itinerários que comuniquem horizontal e verticalmente todas as dependências e serviços do edifício, entre si e com o exterior, deverá cumprir os requisitos de acessibilidade de que trata esta Lei; e
IV – os edifícios deverão dispor, pelo menos, de um banheiro acessível, distribuindo-se seus equipamentos e acessórios de maneira que possam ser utilizados por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Art. 12. Os locais de espetáculos, conferências, aulas e outros de natureza similar deverão dispor de espaços reservados para pessoas que utilizam cadeira de rodas, e de lugares específicos para pessoas com deficiência auditiva e visual, inclusive acompanhante, de acordo com a ABNT, de modo a facilitar-lhes as condições de acesso, circulação e comunicação.

CAPÍTULO V

DA ACESSIBILIDADE NOS EDIFÍCIOS DE USO PRIVADO
Art. 13. Os edifícios de uso privado em que seja obrigatória a instalação de elevadores deverão ser construídos atendendo aos seguintes requisitos mínimos de acessibilidade:
I – percurso acessível que una as unidades habitacionais com o exterior e com as dependências de uso comum;
II – percurso acessível que una a edificação à via pública, às edificações e aos serviços anexos de uso comum e aos edifícios vizinhos;
III – cabine do elevador e respectiva porta de entrada acessíveis para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Art. 14. Os edifícios a serem construídos com mais de um pavimento além do pavimento de acesso, à exceção das habitações unifamiliares, e que não estejam obrigados à instalação de elevador, deverão dispor de especificações técnicas e de projeto que facilitem a instalação de um elevador adaptado, devendo os demais elementos de uso comum destes edifícios atender aos requisitos de acessibilidade.
Art. 15. Caberá ao órgão federal responsável pela coordenação da política habitacional regulamentar a reserva de um percentual mínimo do total das habitações, conforme a característica da população local, para o atendimento da demanda de pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida.

CAPÍTULO VI

DA ACESSIBILIDADE NOS VEÍCULOS DE TRANSPORTE COLETIVO
Art. 16. Os veículos de transporte coletivo deverão cumprir os requisitos de acessibilidade estabelecidos nas normas técnicas específicas.

CAPÍTULO VII

DA ACESSIBILIDADE NOS SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO E SINALIZAÇÃO
Art. 17. O Poder Público promoverá a eliminação de barreiras na comunicação e estabelecerá mecanismos e alternativas técnicas que tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinalização às pessoas portadoras de deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso à informação, à comunicação, ao trabalho, à educação, ao transporte, à cultura, ao esporte e ao lazer.
Art. 18. O Poder Público implementará a formação de profissionais intérpretes de escrita em braile, linguagem de sinais e de guias-intérpretes, para facilitar qualquer tipo de comunicação direta à pessoa portadora de deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação. Regulamento
Art. 19. Os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens adotarão plano de medidas técnicas com o objetivo de permitir o uso da linguagem de sinais ou outra subtitulação, para garantir o direito de acesso à informação às pessoas portadoras de deficiência auditiva, na forma e no prazo previstos em regulamento.

CAPÍTULO VIII

DISPOSIÇÕES SOBRE AJUDAS TÉCNICAS
Art. 20. O Poder Público promoverá a supressão de barreiras urbanísticas, arquitetônicas, de transporte e de comunicação, mediante ajudas técnicas.
Art. 21. O Poder Público, por meio dos organismos de apoio à pesquisa e das agências de financiamento, fomentará programas destinados:
I – à promoção de pesquisas científicas voltadas ao tratamento e prevenção de deficiências;
II – ao desenvolvimento tecnológico orientado à produção de ajudas técnicas para as pessoas portadoras de deficiência;
III – à especialização de recursos humanos em acessibilidade.

CAPÍTULO IX

DAS MEDIDAS DE FOMENTO À ELIMINAÇÃO DE BARREIRAS
Art. 22. É instituído, no âmbito da Secretaria de Estado de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, o Programa Nacional de Acessibilidade, com dotação orçamentária específica, cuja execução será disciplinada em regulamento.

CAPÍTULO X

DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 23. A Administração Pública federal direta e indireta destinará, anualmente, dotação orçamentária para as adaptações, eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas existentes nos edifícios de uso público de sua propriedade e naqueles que estejam sob sua administração ou uso.
Parágrafo único. A implementação das adaptações, eliminações e supressões de barreiras arquitetônicas referidas no caput deste artigo deverá ser iniciada a partir do primeiro ano de vigência desta Lei.
Art. 24. O Poder Público promoverá campanhas informativas e educativas dirigidas à população em geral, com a finalidade de conscientizá-la e sensibilizá-la quanto à acessibilidade e à integração social da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.
Art. 25. As disposições desta Lei aplicam-se aos edifícios ou imóveis declarados bens de interesse cultural ou de valor histórico-artístico, desde que as modificações necessárias observem as normas específicas reguladoras destes bens.
Art. 26. As organizações representativas de pessoas portadoras de deficiência terão legitimidade para acompanhar o cumprimento dos requisitos de acessibilidade estabelecidos nesta Lei.
Art. 27. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 19 de dezembro de 2000; 179o da Independência e 112o da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
José Gregori

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Os bodes espiatórios da educação: Fábio Adiron

Quando os nossos primeiros pais foram confrontados por Deus em relação à sua desobediência eles tentaram evitar a responsabilidade pelos seus erros. Adão acusou Eva (e, indiretamente ao próprio Deus dizendo: essa mulher que VOCÊ me deu...) que, por sua vez, transferiu a culpa para a serpente que, no fim da cadeia da culpa, não tinha para quem passar a batata quente.

O culto do bode expiatório está tão enraizado na natureza humana que um ditado judaico já dizia que “os pais comeram uvas verdes e os dentes dos filhos é que embotaram”. Atualmente a prática de jogar a culpa nos outros é ainda mais comum do que nunca.

Como precisamos continuamente achar culpados para as nossas mazelas, aprendemos a olhar para o mundo com um enfoque deficitário, que destaca sempre o que as pessoas não sabem, ou não podem fazer em detrimento de todas as demais coisas para as quais tem competências.

Alguma coisa aconteceu errado na empresa? Ninguém se preocupa em corrigir, só em descobrir o culpado. O casamento vai mal? A pergunta recorrente é: por causa de qual dos cônjuges?

Não é nada diferente quando falamos de educação. Ainda não conheci ninguém que alguma vez tenha sido chamado à diretoria porque tivesse tirado 10 de matemática. Mas, basta um escorregão em alguma matéria ou na disciplina para que seja armado um barraco que inclui diretor, coordenador, professor e, claro, os pais, que são chamados para reuniões importantíssimas.

As escolas, todo começo de ano, publicam seus programas para cada série com o nome bonito de “habilidades e competências”. Basta começar a primeira aula, cada estudante é cobrado em função das suas inabilidades e/ou das suas incompetências.

Alguns professores já chegaram mesmo a forjar uma falsa etimologia para a palavra aluno, segundo a qual o termo significaria “aquele que não tem “luz, como uma forma pedante de definir quem é o bode expiatório quando algo não funciona bem na educação.

Mais do que isso. A educação jamais admite que qualquer falha no processo educacional seja remotamente relacionada com as instituições escolares e/ou com os professores. Ambos são infalíveis e perfeitos.

Se não é assim, por que somente ouvimos falar em dificuldades de aprendizagem? Cursos livres e extensões universitárias proliferaram nos últimos tempos só para ensinar professores como lidar com essas dificuldades que seus alunos têm.

Até as crianças “normais” apresentam esse déficit (e não são poucos os problemas diagnosticados: desenvolvimento psicomotor, cognitivo, linguístico, emocional, não presta atenção, conversa muito, é lento ou hiperativo, é preguiçoso, não tem assimilação, tem problemas familiares ou sociais e, como diria o saudoso Rei de Sião, interpretado por Yul Brinner: etc, etc, etc.).

Se, para piorar a situação, a criança tem alguma deficiência, ela não tem escapatória nenhuma. Não aprendeu matemática... Ah é porque tem deficiência intelectual e não consegue abstrair (um mito, como tantos outros). A menina não aprende geografia? Também, como poderia? É cega e não pode ver os mapas. O menino não assimila literatura portuguesa? Claro, é surdo e não consegue captar a métrica dos poemas.

Os objetivos tradicionais na educação de pessoas com deficiência, ainda se orientam por conseguir alcançar comportamentos sociais controlados, quando deveriam ter como objetivo que essas pessoas adquirissem cultura suficiente para que pudessem conduzir sua própria vida. Ainda vivemos em um modelo assistencial e dependente quando a meta da inclusão é o modelo competencial e autônomo.

O pensamento pedagógico dos profissionais, é que “as crianças com deficiência são os únicos responsáveis (culpados) por seus problemas de aprendizagem (às vezes esse sentimento se estende aos pais), mas raras vezes questionam o sistema escolar e a sociedade... o fracasso na aprendizagem deve-se às próprias crianças com deficiência e não ao sistema, pensa-se que são eles, e não a escola, quem tem que mudar.

É mais um modelo baseado no déficit, que se centra na necessidade do especialista, da busca de um modo terapêutico de intervir, como se a resolução dos problemas da diversidade estivesse sujeita à formação de especialistas que se fazem profissionais da deficiência.

Claro que, mais do que uma prática pedagógica, isso é um problema ideológico, por que o que se esconde atrás dessa atitude é a não-aceitação da diversidade como valor humano e a perpetuação das diferenças entre os alunos, ressaltando que essas diferenças (e dificuldades de aprendizagem) são insuperáveis.

A escola inclusiva é aquela onde o modelo educativo subverte essa lógica e pretende, em primeiro lugar, estabelecer ligações cognitivas entre os alunos e o currículo, para que adquiram e desenvolvam estratégias que lhes permitam resolver problemas da vida cotidiana e que lhes preparem para aproveitar as oportunidades que a vida lhes ofereça. Às vezes, essas oportunidades lhes serão dadas. Mas, na maioria das vezes, terão que ser construídas e, nessa construção, as pessoas com deficiência têm que participar ativamente.

Esta incompreensão da cultura da diversidade implica em que os profissionais pensem que os processos de integração estavam destinados a melhorar a educação especial ou que se convencionou chamar de educação inclusiva, e não a educação em geral.

Encontramo-nos em um momento de crise, por que os velhos parâmetros estão agonizando e os novos ainda não terminaram de emergir. Penso que a cultura da diversidade está colocando contra a parede escolas, educadores e pais, uma vez que, aos poucos, estão descobrindo que não é mais possível lançar a culpa em apenas um bode.

A cultura da diversidade vai nos permitir construir uma escola de qualidade, uma didática de qualidade e profissionais de qualidade.

Todos teremos de aprender a ensinar. Mas não adianta simplesmente trocar o nome dos bodes e passar a culpar as escolas e os professores por todos os desastres da educação. Claro que estes têm as suas deficiências, o que não nos permite pura e simplesmente mudar o enfoque deficitário, hoje lançado nos alunos, para os professores, mas investir (e não falo só de investimento pecuniário) nas suas competências.

O principal instrumento de transformação de uma escola que deixe de falar em dificuldades de aprendizagem e passe a capacitar baseada em competências é o professor.

A cultura da diversidade é um processo de aprendizagem permanente, onde TODOS devemos aprender a compartilhar novos significados e novos comportamentos de relações entre as pessoas.

Uma cultura que deixe de buscar um culpado para cada uma das suas dificuldades, sejam de ensino ou de aprendizagem, mas valorize o que cada um pode oferecer de melhor.

-------------------------------------------------------------------------------- Fábio Adiron: Consultor e professor de Marketing. Membro da Comissão Executiva do Fórum Permanente de Educação Inclusiva. Coordenador do Cemupi e do grupo de estudos Projeto Roma Brasil. Responsável pelos blogs http://insanadiron.blogspot.com e http://xiitadainclusao.blogspot.com. Contato: fadiron@terra.com.br

Texto publicado em "A efetividade da Convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência" - Organizadores: Francisco J. LIma e Rita Mendonça. Editora Universitária UFPE - 2014

Acessibilidade nas eleições de 2014

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou a Campanha de Acessibilidade das Eleições 2014, destinada ao eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida. O eleitor que precisar pode solicitar a transferência de seu título eleitoral para uma Seção Eleitoral Especial até o dia 7 de maio.

A campanha será veiculada por meio de cartaz impresso, banner na internet e um spot de rádio.
A Justiça Eleitoral instituiu, por meio da Resolução do TSE 23.381/2012, o Programa de Acessibilidade da Justiça Eleitoral, para aprimorar o acesso das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida ao processo eleitoral.
Também a Resolução do TSE 21.008/2002 prevê que os locais de votação para os deficientes sejam de fácil acesso, com estacionamento próximo e instalações que atendam às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Para requerer a transferência do local de votação para uma seção especial, basta comparecer a qualquer cartório eleitoral munido do título de eleitor e documentos pessoais e informar o tipo de atendimento que necessita.
O dia 7 de julho é o último para o eleitor, que tenha solicitado transferência para Seção Eleitoral Especial, comunicar ao juiz eleitoral, por escrito, suas restrições e necessidades, para que a Justiça Eleitoral possa providenciar os meios e recursos que facilitem o exercício de seu voto.
Os eleitores que não conseguirem solicitar a seção dentro do prazo, ainda poderão comunicar ao juiz eleitoral sobre suas restrições e necessidades até 90 dias antes das eleições.
Em todo o Brasil, a Justiça Eleitoral tem o registro de 378.806 eleitores com deficiência. Um dos exemplos de acessibilidade é que o eleitor com alguma deficiência pode ser acompanhado por uma pessoa de sua confiança para votar, ainda que não o tenha requerido antecipadamente ao juiz eleitoral. A pessoa que prestar o auxílio poderá, além de entrar na cabine de votação junto com o eleitor, digitar os números na urna.
Além disso, a Justiça Eleitoral desenvolveu sistema de áudio, teclado em braile e a marca de identificação da tecla 5 na urna eletrônica como recursos auxiliares aos deficientes visuais. Há, ainda, uma orientação para que os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) busquem parcerias para incentivar o cadastramento de mesários e colaboradores com conhecimento em Libras, a Língua Brasileira de Sinais.
A ampliação de um melhor atendimento aos eleitores com deficiência foi impulsionada pela Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, assinada em 2007 em Nova York, nos Estados Unidos. O texto assinado foi ratificado pelo Congresso Nacional e passou a integrar a lista dos direitos e garantias individuais inscritos na Constituição Federal de 1988.
Os veículos interessados podem entrar no site do TSE para baixar o material. O caminho é "Eleições 2014", "Campanhas Publicitárias". O acesso ao material também pode ser feito pelo e-mail imprensa@tse.jus.br ou ainda pelo telefone (61) 3030 7077.

sábado, 5 de abril de 2014

ACESSIBILIDADE EM CONSTRUÇÃO, AMPLIAÇÃO OU REFORMA DE CONDOMÍNIOS É LEI!

Acessibilidade agora é obrigação

Qualquer construção, ampliação ou reforma de condomínios deve atender a lei; Imóvel se valorizará

Permitir o acesso de pessoas com dificuldade de locomoção nas dependências do condomínio não é apenas uma cortesia, é uma obrigação legal que todos os prédios devem obedecer. Qualquer construção, ampliação ou reforma de condomínios deve obrigatoriamente atender aos regulamentos de acessibilidade previstos em lei, de acordo com o artigo 18 do Decreto Federal 5.296/04.
A obrigatoriedade atinge a todas as áreas comuns do prédio, segundo o arquiteto e especialista em acessibilidade Eduardo Ronchetti. “Todas as áreas que tiverem uso comum devem estar livres de barreiras e obstáculos que impeçam o acesso e o uso de todas as pessoas, inclusive as pessoas com deficiência”, afirma. Dessa forma, as obrigatoriedades de acessibilidade em condomínios partem das calçadas e se estendem a todas as demais áreas fora dos apartamentos, incluindo corredores, áreas de lazer, os banheiros de uso comum e a garagem.
“A acessibilidade só não é obrigatória no interior de cada apartamento, entretanto, como hoje em dia a população está vivendo mais, é aconselhável adaptar o interior e preparar o espaço para um idoso”, conta Adriana de Almeida Prado, coordenadora da Comissão de Estudo de Acessibilidade a Edificações e ao Meio, vinculada ao Comitê Brasileiro de Acessibilidade ABNT/CB-40. Além disso, segundo Adriana, a acessibilidade valoriza imóvel.
Para realizar as adaptações, devem ser levados em conta todos os moradores do condomínio, isso porque os novos benefícios servem não só para deficientes e cadeirantes, mas também para grávidas, idosos, crianças e obesos.
Também é preciso obedecer as normas técnicas definidas para garantir que as alterações sejam efetivas e evitar gastos inúteis. É importante contratar pessoal especializado, para ter a real noção dos custos de adaptação desde o início e não se surpreender no meio das obras com os custos.

Fonte: Diário de S.Paulo - 20/02/2014 11:52

terça-feira, 1 de abril de 2014

Bahia recebe Encontro Iberoamericano de Mobilidade e Acessibilidade

O objetivo é conhecer experiências internacionais sobre o tema e discutir possibilidades para tornar as cidades acessíveis a todos
Especialistas em gestão urbana brasileiros e espanhóis estarão reunidos na capital baiana, entre os dias 07 a 10 de abril, para difundir e discutir conceitos e soluções para acessibilidade e mobilidade em áreas de interesse cultural e natural. O Encontro Iberoamericano de Acessibilidade ao Patrimônio Cultural e Natural, que será realizado no Museu da Misericórdia, no Centro Histórico de Salvador, é o resultado de um acordo de cooperação técnica entre o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e conta com o apoio do Governo da Bahia, através da Diretoria do Centro Antigo de Salvador (Dircas) da CONDER, do Real Patronato sobre Discapacidad e Fundación ACS da Espanha.
“Discutir as questões relativas à acessibilidade e mobilidade nos centros históricos e suas possíveis soluções é uma tarefa urgente, mas são temas complexos que exigem um tratamento cuidadoso e para o qual não existem receitas prontas”, explica a presidente do IPHAN, Jurema Machado, que participará da abertura do encontro. Ela ressalta que a troca de experiências e o conhecimento de intervenções bem sucedidas são importantes na busca por soluções que garantam a acessibilidade e mobilidade urbana.
Jurema Machado destaca ainda que as áreas consagradas como patrimônio cultural devem se constituir em espaços onde é possível conhecer, usufruir e desfrutar do patrimônio cultural. “Esses espaços devem proporcionar um deslocamento fácil e seguro para todos os usuários além da possibilidade de permanência para a fruição. Os centros históricos devem possibilitar o usufruto do espaço público e do patrimônio, garantindo o direito constitucional à cidade e à cultura”, enfatiza.
O Encontro Iberoamericano de Acessibilidade ao Patrimônio Cultural e Natural possibilitará a troca de experiências com especialistas internacionais e a capacitação técnica do IPHAN com a colaboração da AECID. Para Beatriz Lima, diretora do Centro Antigo de Salvador (Dircas/CONDER), é preciso fortalecer as políticas públicas de valorização do patrimônio cultural e natural numa perspectiva inclusiva e sustentável.
Na abertura do evento será lançado o Caderno Técnico Mobilidade e Acessibilidade Urbana em Centros Históricos , uma publicação do IPHAN, que servirá como guia para projetos em áreas tombadas. Os participantes receberão também um exemplar do Manual de Sinalização do Patrimônio Mundial no Brasil, publicado pela Unesco e IPHAN.
O seminário está estruturado em módulos divididos entre apresentações e oficinas técnicas. No período matutino serão realizadas apresentações sobre os planos de acessibilidade em centros históricos e a possibilidade de requalificação urbana; intervenções em espaços urbanos para garantir a acessibilidade; acessibilidade ao patrimônio cultural e natural; mobilidade urbana em centros históricos; acessibilidade aos imóveis; com exemplos internacionais e brasileiros. Na oportunidade, será realizada a apresentação de diretrizes de mobilidade e acessibilidade elaboradas pelo IPHAN no âmbito do Programa Nacional de Mobilidade e Acessibilidade em áreas históricas protegidas.
No período da tarde serão realizadas oficinas de trabalho nas quais os profissionais serão divididos em grupos e terão a tarefa de elaborar propostas de intervenções para acessibilidade para um determinado sítio – espaço urbano, imóveis, a partir de um diagnóstico que será definido por meio de visitas nos locais pré-determinados. Os grupos contarão com a orientação de especialistas nos temas e ao final do seminário apresentarão as propostas para discussão.
Serviço:
Encontro Iberoamericano de Mobilidade e Acessibilidade ao Patrimônio Cultural e Natural
Dia: 07 a 10 de abril de 2014
Local: Museu da Misericórdia, Centro Histórico de Salvador - Bahia
Mais informações para a imprensa:
Assessoria de Comunicação IPHAN
comunicacao@iphan.gov.br
Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br
Isadora Fonseca – Isadora.fonseca@iphan.gov...br
Mécia Menescal – mecia.menescal@iphan.gov.br
(61) 2024-5476 / 2024-5479 9381-7543
Superintendência do IPHAN-BA
Rosilane Barbosa - comunicacao.iphan.ba@gmail.com
(71) 3321-0256 / 9964-4630
Diretoria do Centro Antigo de Salvador - ASCOM
Tita Moura -titamoura@conder.ba.gov.br
(71) 3116-0500/01/02/03 8105-0770
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domingo, 30 de março de 2014

A Menina do Cabelo Vermelho volta a voar em um palco de Porto Alegre/RS em temporada com audiodescrição

Espetáculo infantil da Las Brujas Cia de Teatro e feitiços será encenado nas tardes de sábado e domingo, de 5 a 20 de abril, no Teatro de Câmara, sempre com audiodescrição aberta

O vento que sopra forte está trazendo Filó e sua pipa de volta a um palco porto-alegrense. E, desta vez, todas apresentações contarão com audiodescrição aberta e o convite para que os pequenos espectadores e seus acompanhantes toquem nos cenários, figurinos e intérpretes da peça infantil A Menina do Cabelo Vermelho, da Las Brujas Cia de Teatro e feitiços. A temporada começa em 5 de abril e vai até o dia 20, sempre aos sábados e domingos, às 16h, no Teatro de Câmara Túlio Piva, na Capital gaúcha. Os ingressos custam R$ 20, com desconto de 50% para pessoas com deficiência, idosos, professores, classe artística e titulares do cartão Clube do Assinante ZH.

O roteiro de audiodescrição é de Lolita Goldschmidt, que também interpreta Filó, com revisão de Mimi Aragón e Kemi Oshiro, consultoria de Mariana Baierle e narração da atriz Lívia Dávalos. A assessoria para a produção da audiodescrição é da Tagarellas Audiodescrição.

A Menina do Cabelo Vermelho une diferentes linguagens, como teatro de atores, vídeo, teatro de objetos e de sombras sob a direção de Daniel Colin, um dos profissionais mais renomados e premiados do teatro gaúcho na última década. No elenco, além de Lolita Goldschmidt, estão Diana Manenti, Denis Gosch e Douglas Dias, que conquistou no final de 2013 o Prêmio Tibicuera de Melhor Ator Coadjuvante por seu desempenho na peça.

Indicada a 8 categorias do Prêmio Tibicuera, a montagem é a primeira da Las Brujas Cia de Teatro e Feitiços e foi inspirada no livro homônimo de Lolita Goldschmidt. A peça busca transmitir às crianças valores como curiosidade e respeito às diferenças físicas, culturais, sociais e raciais entre as pessoas.
A protagonista é Filó, uma menina de cabelos vermelhos que imagina muitas histórias. Por ser diferente, ela se sente sozinha, em um universo sem cor. Levitando em seus pensamentos, seu mundo gira em torno de objetos da casa, com os quais ela fala “pelos cotovelos”. Um dia, brincando com uma pipa, Filó engata nos pensamentos e o vento sopra forte. A menina voa mundo afora, passando por vários países, onde encontra pessoas, roupas e hábitos diversos. Vive situações de medo, coragem, amizade, amor e, principalmente, graça e humor. E descobre no trabalho em conjunto, no respeito às diferenças e no companheirismo, a superação de suas dificuldades e a alegria de viver.

Depoimento da Tagarella Mariana Baierle sobre a primeira exibição de A Menina do Cabelo Vermelho com audiodescrição aberta, em janeiro deste ano, no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo:

“Sempre fui uma entusiasta da audiodescrição aberta por inúmeros motivos. O primeiro é que se trata de uma oportunidade de mostrarmos ao público em geral o que é a audiodescrição, como ela acontece e o quanto ela é importante. O segundo motivo é porque melhora consideravelmente a minha experiência como usuária do recurso. Isto porque quando uso um fone de ouvido preciso escutar com um ouvido a audiodescrição e com outro o som do espetáculo. Há, nesses casos, um esforço maior para 'montar' mentalmente as duas bandas sonoras e entendê-las como parte de um único todo. (...) Em 'A Menina do Cabelo Vermelho' não foram as pessoas com deficiência visual que tiveram que usar fones para não incomodar os demais: foram as pessoas que enxergam que puderam experimentar e perceber como esse recurso é fundamental para quem não pode ver. (...) A iniciativa de Las Brujas mostra uma nova forma de conceber o mundo. Uma nova forma de pensar a arte. Arte para todos. Teatro para todos e sem restrições. Teatro com acessibilidade para as crianças e adolescentes, pois apostar na infância é apostar no futuro. Trazer audiodescrição já para os pequenos contribui com a formação do público infanto-juvenil, incentiva o gosto pela arte e pelo entretenimento desde cedo. As crianças que hoje têm a oportunidade de ir a esse tipo de espetáculo amanhã serão adultos com um entendimento diferente de mundo. (...) Uma nova forma de pensar a arte está surgindo.”

Depoimento de uma mãe, que levou sua filha e uma amiga, ambas sem deficiência visual, à mesma apresentação, no Centro Cultural CEEE Erico Verissimo:

"Gostaria de cumprimentá-los pela qualidade da audiodescrição. Minha filha e sua amiguinha comentaram, no final, que este recurso é legal para todas as crianças e que ajuda a focar a atenção e acompanhar muito melhor a narrativa da história e os detalhes de transformação do cenário. Viva a diferença que faz o mundo mais bonito! Os atores muito engraçados nos proporcionaram um dia muito feliz. Obrigada a todos!"

Serviço

Peça infantil A Menina do Cabelo Vermelho com audiodescrição aberta.

Datas: Sábados e domingos, de 05 a 20 de abril.
Horário: 16h (chegue 30 minutos antes do espetáculo para acompanhar a introdução da audiodescrição).
Local: Teatro de Câmara Túlio Piva (Rua da República, 575 – Bairro Cidade Baixa).
Duração: 50 minutos
Ingressos: R$ 20,00 (geral) e R$ 10,00 (pessoas com deficiência, idosos, professores, classe artística e titulares do cartão Clube do Assinante ZH).
Pontos de venda: Ingressos antecipados: Loja Balaio Fino (General Lima e Silva, 870, das 10h às 22h, fone 51 3085 5157). Bilheteria do teatro: nos dias das apresentações, 1h antes do início da sessão.

Ficha técnica da peça

Direção: Daniel Colin
Dramaturgia: Lolita Goldschmidt e Daniel Colin
Elenco: Diana Manenti, Denis Gosh, Douglas Dias e Lolita Goldschmidt (Stand by Marcelo Chittos e Lauro Fagundes)
Preparação vocal: Gisela Habeyche
Preparação corporal: Lolita Goldschmidt
Instrumentalização da manipulação de objetos: Cia Gente Falante
Iluminação: Leandro Gass
Cenografia: O grupo e Mario Cavalheiro
Vídeo: Thais Fernandes
Operação de vídeo: Ricardo Zigomático
Arte gráfica: Ricardo Zigomático e Sheila Trettin
Adereços: Margarida Rache
Figurino: Claudio Benevenga
Trilha sonora: Moysés Lopes
Fotografia: Renata Ibis e Pedro Lunaris
Produção: Diana Manenti e Lolita Goldschmidt
Assessoria de Imprensa: Adriana Lampert

Ficha técnica da audiodescrição

Roteiro: Lolita Goldschmidt
Revisão: Mimi Aragón e Kemi Oshiro
Consultoria: Mariana Baierle
Narração: Livia Dávalos
Produção: Tagarellas Audiodescrição
Foto: Pedro Lunaris.

(descrição)

A foto colorida e horizontal mostra Filó, de vestido branco de mangas curtas decorado com oito pequenos redemoinhos coloridos, entre dois rapazes e uma moça que usam trajes indianos bem brilhosos. Os quatro estão muito sorridentes, em pé, dos joelhos para cima, em poses de dança. Filó é retratada no centro da imagem, com seus cabelos vermelhos enfeitados com fita e laço brancos. Os dois rapazes usam chapeuzinhos de topo reto e achatado, camisas de mangas compridas e bufantes (o da esquerda, azul, e o da direita, lilás), coletes, faixas na cintura e saiotes, tudo em tecido dourado com estampa de florzinhas miúdas. Bem à direita, a moça traz na cabeça um grande lenço amarelo com um triângulo de lantejoulas douradas na testa e usa vestido comprido e azul que tem na frente, soltas, longas fitas douradas. Atrás dos quatro, destaca-se contra o fundo escuro um cenário feito de panos com estampas multicoloridas.

(fim da descrição)

Transporte

Ônibus (parada em frente ao teatro de Câmara):
176 - Serraria (Rodoviária) - Centro/Bairro
178 - Praia de Belas - Centro/Bairro

Tagarellas Audiodescrição
http://tagasblog.wordpress.com/ +55 51 3384 1851 | +55 51 3022 1117 | +55 51 3217 4837 +55 51 8451 2115 | +55 51 9208 1176 | +55 51 8118 9814

sábado, 29 de março de 2014

Cardápio em Braille

No bar Pedrini da Lima e Silva na Cidade Baixa- POA há cardápio em Braille.
Na Companhia do Sanduiche na avenida Getúlio Vargas no Menino Deus também há cardápio em Braille.
Muito bom, isso é inclusão!

quarta-feira, 26 de março de 2014

SAMSUNG CRIA ACESSÓRIOS DE CELULAR PARA CEGOS

A Samsung divulgou três novidades para o celular Galaxy Core Advance, acessórios de tecnologia assistiva para ser usado por cegos. A companhia sul coreana desenvolveu uma capa ultrassônica, para guiar e ajudar os usuários no desvio de obstáculos; um pedestal de leitura digital, que lê em voz alta textos que estão na tela; e uma etiqueta de voz, para o usuário distinguir objetos e marcá-los utilizando apenas a voz.
Segundo a Samsung, a ideia para fazer os materiais surgiu após a empresa fazer "pesquisas" e "diversas entrevistas" com deficientes visuais. Entre os diferenciais da capa ultrassônica está em perceber obstáculos a dois metros de seu usuário, alertando com toques de áudio ou pequenas vibrações.
A empresa ainda afirma que embora tenha saído apenas para o Galaxy Core Advance, em breve os acessórios serão produzidos para outros celulares da marca Galaxy.

Fonte: Terra 14/03/2014

domingo, 23 de março de 2014

Lei municipal de Porto Alegre importante as pessoas com deficiência

Lei nº 8.890 de 09 de Abril de 2002

ASSEGURA ÀS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA, USUÁRIAS DE CADEIRAS DE RODAS E CEGOS, O DIREITO DE EMBARQUE E DESEMBARQUE FORA DOS PONTOS DE PARADA DOS ÔNIBUS.

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, Faço saber, no uso das atribuições que me obriga o parágrafo 7º, do art. 77, da Lei Orgânica, que a Câmara Municipal aprovou e eu promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º Fica assegurado às pessoas portadoras de deficiência, usuárias de cadeiras de rodas e cegos, o direito de embarque e desembarque fora dos pontos de parada dos ônibus.
Parágrafo único. Excetuam-se dos locais de paradas as áreas dos corredores exclusivos para ônibus e o perímetro central da Cidade, respeitadas as normas vigentes de circulação e parada de veículos, contidas na legislação de trânsito.
Art. 2º Cabe ao Executivo Municipal, através do órgão competente, estabelecer as normas técnicas necessárias ao cumprimento do disposto no art. 1º desta Lei.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
GABINETE DA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 09 DE ABRIL DE 2002.
JOSÉ FORTUNATI
Presidente

quarta-feira, 19 de março de 2014

Ônibus poderão ter equipamentos sonoros para avisar sobre paradas

Projeto de Lei obriga a instalação, em ônibus, metrôs e outros veículos de transporte público, de equipamentos sonoros que informem aos passageiros sobre os pontos de parada – nome, localização, tempo de permanência e possível integração a outros tipos de transporte.

A Câmara analisa o Projeto de Lei 6161/13, do deputado Major Fábio (DEM-PB), que obriga a instalação, em ônibus, metrôs e outros veículos de transporte público, de equipamentos sonoros que informem aos passageiros sobre os pontos de parada – nome, localização, tempo de permanência e possível integração a outros tipos de transporte.

A intenção do autor é facilitar a vida de pessoas com deficiência visual ou até mesmo de analfabetos. "Para as pessoas com deficiência visual que utilizam o transporte público coletivo, contar com informações emitidas por equipamento sonoro sobre os pontos de parada e dos terminais mostra-se benéfico, senão essencial aos seus deslocamentos, sobretudo nos grandes centros urbanos", defendeu. <

A proposta altera a Lei de Acessibilidade (Lei 10.098/00), que já obriga o transporte público a cumprir requisitos de acessibilidade. Esses requisitos, no entanto, não estão especificados na lei, mas vinculados à regulamentação do Executivo.

Tramitação

A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; Viação e Transportes; Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: Agência Câmara Notícias

sexta-feira, 14 de março de 2014

Recado de um deficiente visual

Eu perdi um pouco de minha visão aos quatro anos. Bastante visão aos dezesseis e, praticamente tudo, do pouco que me restava, uns três anos depois.
Tive momentos difíceis na hora de estudar, na hora de querer namorar, na hora de querer dançar em uma festa.
Não é fácil se adaptar ao mundo quando não se enxerga, mas é importante entender que poucas coisas realmente valiosas são fáceis.
Rapidamente, percebi que tinha só duas opções. Eu podia ficar fechado em casa, chorando, porque era uma vítima. Ou podia sair e viver a vida.
Foi fácil entender isso intelectualmente. Emocionalmente, demorei um pouco para aceitar esta simples lógica.
Eu queria trabalhar, ter responsabilidade, ser produtivo, ser amado, casar, ser independente. Nada disso me seria garantido se eu arriscasse e fosse à luta.
Mas, se eu ficasse me sentindo uma vítima, era certo que nunca teria nada do que queria. A decisão era fácil, embora a luta não fosse.
Acredito que algo que sempre incomoda quando se está enfrentando um desafio, como a cegueira, é que acreditamos que tudo isso é injusto. Por que eu? Por que eu estou ficando cego?
Com certeza, outras pessoas se perguntam outras coisas como: Por que eu tenho câncer? Por que não tenho dinheiro? Por que não sou o homem mais bonito ou popular?
O interessante é que sempre achamos que o nosso problema é o mais sério.
O certo é que não damos valor a nada do que temos. Então, sempre parece que não temos nada. Só damos valor a coisas que perdemos.
Quando estava fazendo mestrado em Washington, triste por algum motivo, nem sei se era porque, como cego, estava tendo dificuldades ou se meu computador estava com problemas, escutei, através do rádio, as notícias de um professor universitário na Califórnia que era quadriplégico.
Ele precisava pegar um lápis com sua boca e escrever no seu computador, apertando uma tecla de cada vez.
Imagine: eu me sentindo a maior vítima. No entanto, eu podia andar por todo o campus, sem ajuda de ninguém, podia escrever mais rápido à máquina do que qualquer pessoa na minha sala.
Aquele professor me ajudou a valorizar muitas coisas que eu não estava dando importância. Perguntei-me: O que é justo? O que é injusto?
É justo eu ter pernas quando não as utilizo para ganhar medalhas nas Olimpíadas? Ou não as uso para ajudar o próximo e nem sequer as valorizo?
É justo eu ter um cérebro e não utilizá-lo ao máximo? É justo eu ter braços fortes e não usá-los para abraçar, demonstrar meu amor a quem, todos os dias, me dá tanto?
É justo eu ter uma vida e não me lembrar de agradecer, todos os dias, aos meus pais por me terem permitido nascer?
É justo eu ter uma esposa, um curso universitário, um coração que pulsa, rins que funcionam, pulmões fortes, mãos rijas, e não me recordar de dizer ao meu criador:Obrigado, Deus, por me teres criado?
* * * A carta que acabamos de ler é de um jovem brasileiro, que trabalha em Nova Iorque. Sua filosofia pessoal, com certeza, não alentará somente aqueles que estão enfrentando cegueira física, mas também a todos aqueles de nós que portamos a cegueira espiritual, que não nos permite enxergar as bênçãos de que somos portadores.
Pensemos nisso e mudemos o foco das nossas vidas de lutas, dissabores e dificuldades para vidas de oportunidades, testes e aprendizado.

Redação do Momento Espírita, a partir de carta de Fernando Botelho, endereçada a um jovem cego de nome Juliano, residente em Curitiba, Estado do Paraná.